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Segundo o frequentador, as águas no canal no Rio Tietê estão poluídas por substância oleosa e exalam cheiro de podre – Robertinho Coletta/Candeia

Frequentador de área do canal artificial de navegação à margem direita do Rio Tietê, em Bariri, procurou o Jornal Candeia para denunciar suposto crime ambiental. Segundo ele, as águas estão poluídas por substância oleosa e exalam cheiro de podre.

Ainda de acordo com seu relato, peixes, animais e aves do habitat sofrem com a suposta contaminação e estão deixando o local. “É comum encontrar peixes mortos e dá para notar que animais e aves estão sendo atingidos pelo óleo”.

C.F., que prefere não ter o nome divulgado, afirma que o local exato fica à direita do Ancoradouro Marco Belluzzo, já no final do canal. Ele costuma frequentar como área de lazer, para pesca e esportes náuticos, juntamente com familiares, em especial, crianças.

Segundo ele, nos dois últimos finais de semana foi impossível permanecer no local, devido ao mau cheiro e à situação das águas. Residente no bairro Viva Mais, ele conta que, por ironia, veio morar no interior para fugir da poluição da capital. “O Rio Tietê daqui está quase igual”, conclui.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) é o órgão encarregado de controlar a qualidade da água no território paulista. Para que ocorra vistoria é necessário que a Prefeitura de Bariri acione o escritório de Bauru e a equipe de técnicos fiscalizadores.

Pegoraro, da Visa, esteve no local e adiantou que faria coleta de amostra das águas, para ser encaminhada à Cetesb para análise dos supostos agentes poluentes – Robertinho Coletta/Candeia

Por solicitação do Candeia, o médico veterinário Airton Pegoraro, da Vigilância Sanitária (Visa) de Bariri, esteve no local indicado pelo frequentador para conferir a denúncia.

Após constatar a situação das águas, Pegoraro considerou a denúncia procedente. Verificou a cor azul petróleo e o mau cheiro e explicou que em lugares mais estreitos como aquele há maior concentração da poluição. “É um problema grave”, concluiu.

Disse que a denúncia será encaminhada à Cetesb, que deve providenciar coleta de amostra da água, para análise dos agentes poluentes causadores do suposto crime ambiental.

Airton ainda adiantou que vai acionar o Ministério Público e a Polícia Militar Ambiental sobre o caso.