Estruturas em Bariri e Barra Bonita têm baixo risco de acidentes, mas alto potencial de danos em eventual colapso
Usina hidrelétrica e canal de navegação em Bariri: AES Tietê diz que os barramentos são periodicamente monitorados ALCIR ZAGO/20.AGO.2015
As barragens no Rio Tietê em Barra Bonita e Bariri estão na lista de estruturas que devem ser fiscalizadas imediatamente, de acordo com resolução do Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre, do governo federal. O órgão determinou a inspeção em 3,3 mil barramentos em todo o País, após o rompimento da instalação da Vale em Brumadinho (MG), que matou pelo menos 110 pessoas – outras 238 estão desaparecidas.
A fiscalização deverá ser feita pelo órgão regulador de cada barragem. As estruturas em Bariri e Barra Bonita represam água para hidrelétricas, e devem ser inspecionadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), as contenções nas duas cidades têm baixo risco de acidentes, mas alto potencial de danos caso a ruptura aconteça – razão pela qual figuram na lista de apuração imediata.
A Categoria de Risco (CRI) baixa indica que a estrutura dos empreendimentos está íntegra, bem conservada e em consonância com o plano de segurança. No entanto, o Dano Potencial Associado (DPA) sinaliza que em um eventual rompimento, as consequências do desastre podem ser elevadas (veja quadro).
Por meio da assessoria de imprensa, a concessionária AES Tietê, responsável pela manutenção das barragens, informa que as estruturas estão consolidadas e foram projetadas de acordo com padrões técnicos utilizados no setor técnico. “Neste processo, as estruturas são construídas em etapa única e não sofrem alterações construtivas ao longo do seu ciclo de vida”, menciona a nota.
A empresa observa ainda que os barramentos são periodicamente monitorados e que a Defesa Civil das cidades onde se localizam as contenções está a par do Plano de Ação de Emergência (PAE) para eventuais acidentes.
Relatório
No Estado de São Paulo, de acordo com o mesmo relatório da ANA, duas barragens estão com a estrutura comprometida.
Em Americana, o potencial de risco máximo presente no documento foi revisto neste mês para o risco médio. A outra estrutura com classificação de risco fica em Pirapora do Bom Jesus. Em ambas as cidades, a contenção é feita para geração de energia elétrica.