
Ex-diretora de Saúde Ana Paula Falcão foi uma das testemunhas ouvidas pela CP e pela defesa da vereadora Reprodução/Câmara Municipal de Bariri (Reprodução/Câmara Municipal de Bariri)
A Comissão Processante (CP) da Câmara de Bariri aberta a pedido de Valentina Fátima João Navarro e que pede a cassação do mandato da vereadora Myrella Soares da Silva (União Brasil) ouviu 14 testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa.
No pedido, Valentina cita que “embora a vereadora denunciada não tenha sido formalmente nomeada para cargo comissionado ou gratificado, verifica-se que, na prática, ela desempenha atividades típicas de chefia, direção e assessoramento na Diretoria de Saúde do município”.
Aponta, também, que era comum ver Myrella ao lado da então diretora de Saúde, Ana Paula Rodrigues de Arruda Falcão, agindo na formulação de políticas públicas.
Outros apontamentos no pedido de CP são que desde o início deste ano Myrella passou a receber valores expressivos com horas extras e teria feito indicações para servidores atuarem na unidade local do Poupatempo.
A própria vereadora foi ouvida pela comissão, formada pelo presidente Francisco Leandro Gonzalez (Avante), relatora Aline Mazo Prearo (Republicanos) e membro Rubens Pereira dos Santos (PSD).
Já no início das oitivas a defesa de Myrella registrou que houve gravidade da manipulação de jurisprudência pela relatora no parecer prévio e citações de decisões inexistentes e outras deturpadas em seu conteúdo.
Para os advogados, tal situação compromete a moralidade e a legalidade do processo, vicia o juízo de admissibilidade e configura abuso de poder legislativo. Por esse motivo, requereu que fosse declarado nulo o parecer prévio e votação do plenário que admitiu o prosseguimento do feito.
Leandro indeferiu o pedido, citando parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara de Bariri e decisões de primeira e segunda instâncias que mantiveram o andamento da CP.
Posteriormente, a defesa da vereadora pediu que fossem desconsiderados os depoimentos de quatro testemunhas pelo fato de haver algum tipo de animosidade delas com Myrella.
A agente comunitária de saúde Daiane Navarro e a auxiliar de enfermagem Madalena Domingues Zenatti foram ouvidas como informantes e não como testemunhas.
Em relação à assistente social Irene Chagas do Nascimento Inácio Rangel e à cirurgiã-dentista Karita Danielle Digiere Pomponi, a CP indeferiu o pedido da defesa para declarar a suspeição delas.
As outras 10 testemunhas foram ouvidas pela CP e pela defesa de Myrella sem questionamentos quanto a possíveis problemas pessoais com a vereadora: Ana Paula Rodrigues de Arruda Falcão (ex-diretora municipal de Saúde), Daniela Silva Barbieri Mozardo (cirurgiã-dentista), Gabriela Prado Rodrigues (terapeuta ocupacional), Jéssica Cristina de Moura Faitanini (enfermeira), Luciana Policarpo Viccari (funcionária pública municipal), Luis Antonio Soares de Camargo (agente administrativo), Maria José da Rocha Bertholo (agente administrativo), Marina Prearo (diretora administrativa da Santa Casa de Bariri), Renato Luis Barbieri De Gaspari (coordenador do Poutatempo de Bariri) e Thiago Luppi Marques (agente administrativo).
Agora, a comissão irá elaborar relatório e encaminhá-lo para votação em plenário. São necessários seis votos para a cassação do mandato da vereadora.
























