
A nova aposta do governo municipal para comandar a Saúde em Bariri é a servidora pública concursada e vereadora Myrella Soares da Silva.
A primeira a ocupar a pasta foi Ana Paula Falcão, que pediu exoneração do cargo no fim de março deste ano.
Uma semana depois foi nomeada para a função Talita Azevedo, que não residia em Bariri. Ficou no cargo até 22 de julho.
No dia 1º de agosto, a opção do Executivo foi por outra pessoa que não morava no município para chefiar a Saúde: José Antônio Felício Rufato. Nada contra não residir na Milionária do Vale para desempenhar um bom trabalho, mas no caso dos dois ex-diretores esse fator pesou contra.
Alegando a pessoas próximas que as críticas a ele e à pasta estavam muito “pesadas”, Rufato decidiu pedir exoneração. Ele fica até o fim de outubro, numa espécie de transição da Saúde com Myrella até que ela, a partir de 3 de novembro, atue como diretora efetivamente.
Na campanha política de 2024, após a eleição e assim que assumiu a principal cadeira do Paço Municipal 16 de Junho, o prefeito Airton Luis Pegoraro (Avante) colocou a Saúde como uma das prioridades em Bariri.
O balanço do quase ano todo de 2025 mostra que os resultados deixaram a desejar. A falta de medicamentos, de especialidades médicas e de diversos exames vêm sendo criticadas constantemente pela população e também nas sessões da Câmara de Vereadores.
A aposta em Myrella busca uma correção de rumos numa pessoa que conhece de perto as unidades de saúde e os servidores da pasta. A nova diretora tem também em seu favor o lado político, até por atuar há duas legislaturas como vereadora, dialogando mais com vários setores para a tomada de decisões e comunicação de novas ações e projetos. Se não tiver recursos e plenas condições de trabalho poderá não colher os frutos que deseja.
Diferentemente de outras diretorias, a Saúde tem vários complicadores. O mais sensível deles é que historicamente cada vez mais os municípios devem arcar com serviços de competência do Estado sem que haja o devido repasse financeiro. Myrella falou disso em recente sessão camarária.
Trata-se de uma questão que deveria ser “atacada” pelos municípios de forma coletiva em reuniões com os governos estadual e federal.
Mas até lá, como os abacaxis devem ser descascados em nível local – e as cobranças são justamente no ente mais próximo –, é preciso adotar mecanismos para fazer mais com menos. E que haja mais atenção e concentração de esforços do governo como um todo na área da Saúde em Bariri, que, se fosse um paciente, estaria na UTI.
























