DC Bio manterá o mesmo número de funcionários da safra passada – Divulgação
A Della Coletta Bioenergia (DC Bio) iniciará amanhã, dia 24, o corte da cana-de-açúcar para a safra deste ano. A moagem começará a ser feita na segunda-feira, dia 25.
A estimativa é positiva do ponto de vista climático. “Esperamos, com a ajuda do clima, termos uma boa colheita e melhora de produtividade, haja vista que nos dois últimos anos a falta de chuva prejudicou as lavouras de cana de forma geral”, diz o presidente da empresa, José Roberto Dalla Coletta.
A moagem planejada está em 1.850.000 toneladas, com um mix de 50% de açúcar e 50% de etanol. O número de funcionários permanece o mesmo da safra passada: 1.050 trabalhadores.
No ano passado a DC Bio optou por produzir mais etanol por dois motivos: necessidade de abastecimento do mercado interno de combustíveis; e baixa procura pelo açúcar.
De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a cana processada pelas usinas e destilarias do Centro-Sul no acumulado desde o início da atual safra 2018/2019 até 1º de março, totalizou 564,14 milhões de toneladas, abaixo do resultado apurado até a mesma data no ciclo 2017/2018 (585,13 milhões de toneladas).
Desafio
Para o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), ligado ao setor sucroalcooleiro, o grande desafio está na produtividade agrícola. “Precisamos muito de pesquisa para que nos auxilie a avançarmos na produtividade rumo à produção de cana na casa de três dígitos por hectare”, diz. “Novos cultivares, novos métodos de plantio, mais eficiência na colheita e melhorar a performance industrial são necessidades prementes.”
A safra que se inicia traz algumas incertezas e vários desafios. “A incerteza é sobre o quanto o período que tivemos de seca impactará na produtividade agrícola. Outra dúvida que deverá perdurar ao longo do ano é como se comportará a demanda e o preço internacional do açúcar”, comenta Jardim.
De acordo com o deputado, em geral a safra deve ser mais alcooleira, com a maior parte da cana destinada à produção do etanol, que hoje tem melhor rentabilidade e cujos preços devem se manter ao longo do período.