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Para o novo formato – que retrata o folclore natalino – o Presépio Vivo ganhou nova maquiagem, adereços, figurinos e expressão corporal – Divulgação

Desde 2010, já se tornou tradicional a apresentação do Presépio Vivo na programação natalina em Bariri, que esse ano ocorreu nas noites de 17 e 18 de dezembro.
Encenado por integrantes do corpo coreográfico da Banda Marcial Alexandre Giuliano Gallo, o espetáculo veio com novo formato, que retrata o folclore natalino.
Segundo o professor e coreógrafo, Marcio Pereira, houve alteração no roteiro e o presépio foi transformado em um pequeno musical. Foram retirados os textos e músicas internacionais. “Fizemos questão de utilizar música brasileira e adaptar músicas do nosso folclore natalino”, ele comenta.
De acordo com o coreógrafo, no início as apresentações eram simples, sem técnica definida e somente os personagens tracionais de qualquer presépio. “Na época, a ideia era abrilhantar as noites que antecediam o Natal; evidenciar o propósito real que é o nascimento do menino Jesus”, conta Márcio. .
Com o tempo novas ideias foras nascendo, como técnicas de dança, maquiagem artística, figurinos estilizados e, por anos, o presépio seguiu dentro da estética da arte barroca.
Esse 2019, para o novo formato, o Presépio Vivo ganhou nova maquiagem, adereços, figurinos e expressão corporal. Parte do figurino, no entanto, foi reaproveitada e permanece com estética barroca. “Os personagens são de livre criação, todos dançam e encenam”, destaca.
Marcio afirma que hoje não é mais possível as encenações na rua, uma vez que o espaço físico não permite. O espetáculo em sua íntegra ocorre na Praça da Matriz.
Mas, para manter a tradição, os artistas descem a Avenida XV de Novembro somente com os quadros da coreografia de entrada. “Acho mágico esse tipo de intervenção com a arte. As pessoas estão nas ruas e do nada aparecem anjos, asas que abrem luzes, personagens religiosos. É inevitável o encantamento”, analisa o diretor.

Sol Maior

Desde sua criação, o Presépio Vivo é formado por alunos do corpo coreográfico da banda. É mantido pela prefeitura de Bariri e, atualmente, integrado ao Projeto Sol Maior, que funciona no prédio do antigo Sesi.
Márcio ressalta que o trabalho exige dedicação e os ensaios têm início no mês de outubro. Nos dias de apresentação, os integrantes chegam às 17h para começar a transformação dos personagens, que leva três horas para ocorrer. Encenam, voltam para a sede do projeto, deixam tudo pronto para o dia seguinte e depois vão jantar. “São noites de muito trabalho”, resume o coreógrafo.
Ele destaca ainda o papel de um grupo de pais, que acompanha o trabalho de perto, sempre auxiliando nos ensaios e apresentações.