Vista aérea de Bariri: município apresenta boa nota em Indicadores Gerais e nota mais baixa em Habitação – Divulgação
O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), iniciativa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon que conta com metodologia da Fundação Getulio Vargas, analisou 876 municípios brasileiros, nos quais vivem 160 milhões de brasileiros.
Bariri e outras cidades da região fizeram parte do estudo. Quanto ao município, ele ocupa a 54ª colocação entre cidades do seu porte (confira quadro). Além de Bariri, Barra Bonita, Ibitinga e Pederneiras aparecem no ranking como cidades pequenas (com menos de 100 mil habitantes). Bauru e Jaú são consideradas cidades grandes (aquelas com mais de 100 mil habitantes). Boraceia e Itaju, por exemplo, não fazem parte do levantamento do instituto.
Conforme a pontuação de vários componentes pesquisados, Bariri tem a maior nota nos Indicadores Gerais (99,7). A menor nota está em Habitação (28,2).
A composição geral dos rankings do IDL é baseada em sete variáveis: Indicadores gerais; Cuidados de saúde; Bem-estar; Finanças; Habitação; Educação e trabalho; e Cultura e engajamento (confira quadro).
Em cada variável, múltiplos indicadores são analisados. São sete variáveis, num total de 50 indicadores.
Metodologia
O objetivo do estudo é apontar, de forma clara e objetiva, os pontos positivos e negativos dessas cidades para que gestores, governantes e representantes da sociedade civil possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.
De acordo com o levantamento, os resultados mostraram que mais da metade dos municípios analisados não estão adequados para a longevidade de suas populações.
Para o instituto, o dado é preocupante, visto que a população brasileira passa por um processo de envelhecimento acelerado.
“O papel do IDL é muito além de ser um ranking”, explica Henrique Noya, diretor-executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. “Ele é uma ferramenta prática que contribui diretamente para que os gestores públicos desenvolvam políticas que melhorem a qualidade de vida nas cidades, e para que os empresários identifiquem oportunidades de ofertas de produtos e serviços que atendam a essa mesma demanda. Da mesma forma, é um importante aliado para que a sociedade conheça de forma objetiva a realidade de seus municípios e, com isso, possa escolher melhor os seus próximos representantes, principalmente em um ano de eleição municipal.”
O IDL utiliza os dados publicamente disponíveis oriundos de fontes oficiais, preferencialmente. Assim, os dados foram coletados em órgãos públicos, tais como Agência Nacional de Saúde (ANS), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério das Comunicações, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ministério da Fazenda, Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Tesouro Nacional; em instituições acreditadas como Fundação Getulio Vargas (FGV), Pnud; e demais organizações do meio privado, como Serviço Nacional do Comércio, e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Variáveis e indicadores
Indicadores gerais
Agressão à vida: número de homicídios por arma de fogo por 100.000 habitantes
Distribuição de renda: Coeficiente de Gini
Taxa de desemprego
Violência no trânsito: número de acidentes envolvendo ao menos uma fatalidade, mortes no trânsito por 100.000 habitantes
Expectativa de vida ao nascer
Cuidados de saúde
Número de médicos
Número de leitos
Leitos SUS
Número de internações clínico-cirúrgicas de alta complexidade
Número de atendimentos de emergência
Número de hospitais com unidade de neurocirurgia (de emergência)
Cobertura municipal do Caps
Número de psicólogos
Número de enfermeiros
Número de fisioterapeutas
Razão de exames de mamografias realizadas
Bem-estar
Número de inscritos em planos de saúde dividido pela população acima de 65 anos
Estabelecimentos de atividade de condicionamento físico
Lanchonetes, casas de chá, de sucos ou similares
Número de suicídios
Número de acidentes peçonhentos
Frequência de diversos tipos de violência (sexual, doméstica, tortura, etc.)
Números de óbitos por fibrose ou cirrose hepática
Habitação
Acesso a rede de esgoto
Densidade demográfica
Idosos residentes com outros parentes
População de idosos
Condomínios residenciais para idosos
Instituições de longa permanência para idosos
Finanças
Número de agências bancárias
Nível de investimento na cidade: percentual das despesas direcionados a investimentos
Carga tributária: percentual da receita de origem tributária (receita tributária/receita corrente)
Índice de envelhecimento: número de pessoas com 65 ou mais anos de idade para cada 100 pessoas com menos de 15 anos de idade
Nível de desenvolvimento social: ISDM
Contribuição com previdência social
População de baixa renda
Renda da população de idosos
Transparência Municipal
Educação e trabalho
Taxa de distorção idade-série
Docentes habilitados para ensino de idosos
Número médio de horas-aula diárias
Taxa de desocupação: taxa por município, proporção de pessoas economicamente ativas desocupadas
Desenvolvimento municipal – educação
Escolas conectadas pelo Programa Banda Larga
Cultura e engajamento
Acessos à internet fixa
Televisão por assinatura
Casamento de idosos: número de casamentos em que pelo menos uma das partes tem idade superior a 65 anos
Número de unidades Sesc
Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
IDL de cidades da região
Cidade Ranking agregado Ranking 60-75 anos Ranking + de 75 anos
Bariri 54º 50º 35º
Barra Bonita 25º 30º 13º
Bauru 18º 21º 24º
Ibitinga 67º 66º 70º
Jaú 30º 27º 18º
Pederneiras 109º 118º 115º
Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
Desempenho de Bariri no IDL
Componente Nota
Habitação 28,2
Saúde 32,3
Bem-Estar 41,6
Cultura e Engajamento 36,2
Educação e Trabalho 88,3
Finanças 67,8
Indicadores Gerais 99,7
Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon