Nos últimos dias, uma infestação de corós (larvas de besouros) intriga moradores de novos condomínios de Bariri, como o Jardim Beltrame II e Jardim das Américas.
Várias ruas amanhecem cobertas pelas lagartas de aspecto tipicamente escarabeiforme: corpo em forma de “c”, coloração geral branca, com cabeça e pernas de cor marrom e pelos na ponta do abdome.
De acordo com o engenheiro agrônomo, José Fausto Tanganelli Filho, essa ocorrência é comum de novembro a abril, com maior intensidade nos meses de janeiro e fevereiro, após a primavera e na época de chuvas. Segundo ele, é nesse período que ocorre o pico da ovoposição no solo.
As condições de temperatura e umidade – calor e chuvas – dão início ao ciclo reprodutivo. Atraídos pelas luzes (iluminação) os besouros colocam seus ovos na camada superior do solo no período de alta umidade (janeiro a abril), sendo que a presença de umidade no solo é fundamental para que os ovos eclodam e as larvas sobrevivam.
Normalmente, dependendo da espécie, as larvas passam por três fases, completando seu ciclo em dois anos e são encontradas dentro de galerias do solo (10 a 20 cm) alimentando-se de restos culturais e de raízes.
Corós constituem problema para a lavoura porque podem atacar diversas espécies de plantas, cultivadas ou não, e o não revolvimento do solo para plantio das culturas favorece a sua sobrevivência.
O potencial de dano é maior em cereais, soja ou milho. Não há perigo de contaminação, envenenamento ou outro prejuízo ao ser humano.