
Gilson de Souza Carvalho na sessão da Câmara: pedido de abertura de CP se baseia em apuração do Ministério Público sobre suposta perseguição a mulheres (Alcir Zago/Candeia)
O vereador Gilson de Souza Carvalho é alvo de novo pedido de Comissão Processante (CP) que requer a cassação do seu mandato. O Candeia entrou em contato com o parlamentar, que não se manifestou até o fechamento dessa matéria.
Outros dois pedidos foram feitos por causa de falas do vereador em sessão de 3 de fevereiro sobre possíveis falhas Santa Casa que teriam resultado na morte de um bebê. Um deles foi arquivado e outro foi aceito pela maioria dos vereadores.
Na quinta-feira (13) Camila de Oliveira Faria protocolou documento na Câmara de Bariri, o qual deve ser submetido ao plenário na sessão de segunda-feira (17) para que os vereadores votem pela abertura ou não do pedido.
Camila se baseia em investigação feita pelo Ministério Público (MP) em face de Gilson, em que ele teria se apropriado do cargo para supostamente cometer atos de abuso de poder e assédio moral contra funcionárias públicas municipais, como, por exemplo, em relação à professora Dayane Marci Fonseca da Silva, até o ano passado diretora do pólo de Bariri da Univesp.
“Impor sua vontade como vereador, fazendo uso de seu poder conferido pelo cargo de parlamentar, inclusive influenciando diretamente e coercitivamente atos do Poder Executivo, para conseguir executar desejos particulares, pode ser considerado abuso de poder”, consta no pedido de abertura de CP.
A respeito do assunto, o promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Júnior denunciou à Justiça o vereador Gilson por eventual perseguição, especialmente contra mulher por razões da condição de sexo feminino.
Ele foi denunciado como incurso no artigo 147-A (perseguição), §1º, inciso II (contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do artigo 121, §2-A), do Código Penal.
Além disso, o MP encaminhou ofício a vários órgãos para tomada de providências, como Prefeitura e Câmara de Bariri, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bariri, Casa da Mulher de Bariri, Ordem dos Advogados do Brasil da Comarca, em especial à comissão de defesa dos direitos das mulheres e Delegacia de Polícia.