Sem as medidas de contenção, seriam necessários 20 mil leitos hospitalares a mais apenas na capital, revela estudo do Instituto Butantã – Divulgação
As medidas de contenção ao novo coronavírus, implementadas pelo governo de São Paulo, surtiram efeito e já seguram a disseminação da COVID-19, garantindo disponibilidade de leitos na rede hospitalar.
Sem a quarentena decretada pelas administrações estadual e municipal da capital, o pico de casos de internação ocorreria já na primeira semana de abril e o sistema de saúde entraria em colapso.
A conclusão é de um estudo feito pelo Instituto Butantan, em parceria com o Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo e a UnB (Universidade de Brasília). Os resultados foram divulgados segunda-feira, 30, no Palácio dos Bandeirantes, durante entrevista coletiva do governador João Doria.
Os resultados do estudo foram detalhados pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas. Os dados mostram que, antes da quarentena, a velocidade de transmissão de casos era de uma pessoa para seis, o que exigiria acrescer 20 mil leitos à rede pública da capital paulista, dos quais 14 mil hospitalares e 6 mil de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Ainda segundo projeções realizadas por epidemiologistas do Instituto Butantan, sem as medidas de restrições, a epidemia de coronavírus no Estado duraria 180 dias, contados desde fevereiro – quando o primeiro caso foi registrado -, e terminaria em setembro. Nesse cenário, seriam ao todo 277 mil mortes, 1,3 milhão de hospitalizados e 315 mil casos graves com necessidade de internação em UTI. Já com as medidas adotadas, o número poderá chegar a 670 mil hospitalizações e 147 mil casos graves.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria Especial de Comunicação