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Luís Henrique Marques morreu após agressões sofridas no domingo de carnaval – Divulgação

Alcir Zago

Após a realização de audiência de instrução por meio remoto no dia 4 de novembro, a promotora de Justiça Gabriela Silva Gonçalves Salvador requereu ao Judiciário que Eduardo de Araujo Alves, Alvaro Augusto Paleari Junior e Luiz Machado Rocha Filho sejam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, com meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em relação à morte do advogado Luís Henrique Marques.

O trio é acusado de ter provocado a morte dele no domingo de carnaval no Umuarama Clube de Bariri. Eles trabalhavam como segurança no clube. Para a representante do Ministério Público (MP), há prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria para que os homens sejam julgados pelo Tribunal do Júri.

A defesa dos seguranças também irá apresentar alegações em relação à audiência. Os documentos ainda não constam nos autos. O jornal entrou em contato com a advogada Daniela Aparecida Rodrigueiro, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Após as duas partes se manifestarem, a Justiça irá decidir se encaminha ou não o caso para julgamento perante os jurados. Mesmo após a decisão de primeira instância pode haver recurso.

Na audiência de 4 de novembro, o juiz Mauricio Martines Chiado ouviu 17 testemunhas de defesa, quatro testemunhas de acusação, duas testemunhas comum e dois peritos. Os três réus foram interrogados, acompanhados das advogadas Daniela Rodrigueiro e Caroline Toaldo Pistori Correa Vasques.

Em seguida, com a concordância das partes, o magistrado declarou encerrada a instrução processual por não haver mais provas a serem produzidas e concedeu ao MP e à defesa prazo de cinco dias para apresentação das alegações finais.