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“Estamos finalizando a informatização do Centro de Saúde, sendo que as demais unidades de saúde estão informatizadas” (Foto Divulgação)

Demanda antiga na Saúde de Bariri frente às novas tecnologias, a informatização do setor avançou. Quem afirma é a diretora da pasta, Irene Chagas do Nascimento Inácio Rangel. Segundo ela, houve investimentos pelo Executivo e também pela parceria com a Faculdade de Medicina de Penápolis. Irene ressalta que o desafio é que a diretoria contasse com setor específico para análise e dimensionamento dos dados. Na entrevista, a diretora avalia medidas tomadas pela pasta e criação de ambulatório para coleta de sangue.

Candeia – Como está o processo de informatização da rede municipal de Saúde?
Irene – Partindo do princípio que a informatização é um dos pontos primordiais para busca de um serviço de saúde com níveis de excelência, estamos investindo consideravelmente na compra de equipamentos, programas e treinamentos, com a finalidade de informatizarmos toda rede de saúde municipal. Estamos finalizando a informatização do Centro de Saúde, sendo que as demais unidades de saúde estão informatizadas. Existiu um investimento de grande porte, otimizado pela parceria com a Faculdade de Medicina de Penápolis, que com o adendo financeiro possibilitou esse grande investimento.

Candeia – Que investimentos foram feitos na área de informática?
Irene – A atual administração municipal trabalhou na informatização das unidades de saúde na atenção básica com implantação e equipamentos e sistematização na UBS Nova Bariri e no Soma 2. Também houve informatização do Centro de Fisioterapia e Fonoaudiologia (Policlínica), com implantação de equipamentos e sistematização, com seis computadores instalados. Outro serviço foi a informatização do Centro de Especialidade e Diagnose, com implantação de equipamentos e sistematização, com 10 computadores instalados. Os agentes comunitários de saúde das Estratégias Saúde da Família (ESFs) receberam 24 tablets. Já os agentes de combate às endemias devem receber 11 tablets. Outra medida foi a implantação da coleta de sangue com pactuação de 2.697 exames via Hospital Estadual de Bauru e 295 exames via Laboratório São Judas de Jaú, considerando o gerenciamento e controle desde o agendamento até a entrega dos laudos impressos ao paciente. Está em andamento a informatização do Centro de Saúde, com aquisição de três 3 computadores nos consultórios.

Candeia – Quais os ganhos com essa medida e os próximos passos?
Irene – Com a informatização, ganhamos com a possibilidade de análises de dados podendo diagnosticar nossas deficiências e virtudes, maximizando nossa eficiência. Assim poderemos ser mais efetivos, eficazes e finalmente eficientes. Lógico que, para tanto, necessitamos de recursos humanos para análises e dimensionamento de dados. Assim, o ideal seria ter um setor com funcionários que monitorassem diariamente os dados e indicadores de saúde de nosso município, o que nos permitiria agir de forma rápida nos problemas apontados. Também, com os dados coletados, os programas de saúde de nossa cidade poderão ser mais objetivos e resolutivos.

Candeia – Uma reclamação constante em Bariri é relacionada às viagens para outros municípios pelas ambulâncias. De que forma é possível minimizar os problemas?
Irene – A regras do transporte sanitário foram estipuladas pela Resolução (CIT – Comissão Intergestores Tripartite) nº 13, de 23 de fevereiro de 2017. Ela dispõe sobre as diretrizes para o transporte sanitário eletivo destinado ao deslocamento de usuários para realizar procedimentos de caráter eletivo no âmbito SUS. Entendemos que o nosso transporte sanitário funciona de forma atípica, porém trata-se de um problema crônico dentro do nosso município. Na leitura dessa resolução podemos constatar diversos “vícios” que devem ser corrigidos e requerem, em muitos casos, ações assertivas, sem que o usuário do SUS seja prejudicado. São ações de gestão que mudariam costumes há muito enraizados em nossos sistema de transporte sanitário.

Candeia – Duas medidas implementadas foi o atendimento no PSF 2 até 19h com médicos e o fornecimento de medicamentos no PSF 1. Que avaliação a senhora faz dessas duas medidas?
Irene – Inicialmente e relevante ressaltar que o atendimento no PSF 2 até as 19h com médicos presenciais foi implantado há pouco tempo, porém é de grande importância salientar que aquela região dos altos da cidade tem a necessidade de um atendimento estendido, indo ao encontro dos cidadãos que trabalham durante o dia. Inicialmente verificamos que os resultados estão sendo muito satisfatórios, haja vista a grande procura inicial por esse serviço nesse horário proposto. Em tempo, é bom evidenciar que um dos objetivos também é diminuir o fluxo de consultas de nossa Santa Casa nesse horário, objetivo esse que inicialmente parece ser atingido. Quanto ao fornecimento de medicamentos no PSF 1, podemos afirmar que veio ao encontro de uma grande necessidade da região a ele adstrita, pois trata-se de uma região muito distante da Central de Medicamentos Municipal, o que trazia muitos transtornos para população daqueles bairros. Hoje os usuários do Sistema Único de Saúde podem contar com um fornecimento de medicamentos mais efetivo.

Candeia – Como avalia o atendimento da Policlínica para casos de fisioterapia e de fonoaudiologia?
Irene – Com a centralização dos atendimentos de fisioterapia e fonoaudiologia na Policlínica, pudemos dimensionar melhor nossa capacidade instalada fazendo a metrificação com nossa demanda de paciente. Dessa forma conseguimos avaliar melhor nossos pontos positivos e negativos, melhorando nossa gestão nesses serviços, acreditamos que ainda existe um potencial muito grande na nossa Policlínica e esse potencial será explorado e revertido em serviços de excelência para nossos munícipes.

Candeia – Há projeto de criação em Bariri de ambulatório de coleta de sangue. De que forma ele irá funcionar?
Irene – Há um projeto de ser montado um ambulatório de coleta de sangue na unidade de saúde do PSF 2, que tem previsão de estar funcionando no início do mês de agosto. Essa necessidade se tornou eminente com as conquistas dessa gestão em relação aos exames laboratoriais que foram pactuados com o Hospital Estadual de Bauru e Laboratório São Judas de Jaú em caráter gratuito, ou seja, sem custos para o município. Assim sendo, foi montada uma equipe que coleta as amostras e são enviadas para esses laboratórios. São colhidos mensalmente 2.697 exames que são enviados para o Hospital Estadual de Bauru e 295 exames que são enviados para o Laboratório São Judas de Jaú. Estima-se uma economia para o município em torno de R$ 45 mil mensais, sem perda de qualidade nos exames realizados.