
“O fato é que nos últimos anos poucas ações foram feitas pelo poder público para o fomento do turismo. Investimentos ocorreram, mas pelo esforço da iniciativa privada” (Imagem Divulgação)
Por iniciativa do deputado estadual Itamar Borges (MDB), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) irá votar se Bariri pode ou não ser classificado como Município de Interesse Turístico (MIT). O projeto foi protocolado na Alesp nessa semana pelo parlamentar.
Bariri postulou essa classificação em ocasiões anteriores, mas sem sucesso. A última delas ocorreu em outubro de 2017. Na ocasião, quatro municípios da região de Bauru – Itapuí, Jaú, Lençóis Paulista e Lins – receberam o certificado.
Para que uma cidade seja considerada MIT, é preciso que tenha potencial turístico, capacidade de serviço médico emergencial, meios de hospedagem no local ou na região, serviços de alimentação e serviço de informação turística.
Também deve dispor de infraestrutura básica capaz de atender a população fixa e aos visitantes, no que se refere a abastecimento de água potável e coleta de resíduos.
A principal vantagem da classificação é obter recursos financeiros. Os MITs recebem anualmente R$ 650 mil para investimentos em turismo.
Segundo o governo estadual, a Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo enviou aos MITs e Estâncias Turísticas no 1º trimestre de 2024 o montante de R$ 55,2 milhões. Ao todo, 78 municípios, entre MITs e Estâncias, receberam o aporte em recursos para o investimento em obras turísticas.
Atualmente, São Paulo possui 214 municípios turísticos, sendo 144 MITs e 70 Estâncias.
Os repasses pelo Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur) fazem parte de um investimento liberado pelo governo estadual para fomentar o turismo nos municípios classificados como MIT e Estância.
A cada três anos acontece um ranqueamento em que as Estâncias podem virar MIT e os MITs podem tornar-se Estâncias.
É preciso aguardar a análise da Alesp para saber se Bariri preenche os requisitos para se tornar um MIT.
O fato é que nos últimos anos poucas ações foram feitas pelo poder público para o fomento do turismo. Investimentos ocorreram, mas pelo esforço da iniciativa privada.
Independentemente do resultado da votação do projeto apresentado na Alesp, os candidatos a prefeito precisam colocar em seu plano de governo de que forma pretendem impulsionar o turismo no município e como integrar os projetos de forma regional.
Uma coisa é certa: trata-se de uma excelente oportunidade para gerar renda e emprego. Basta ter bons projetos e colocá-los em prática de forma efetiva.
























