A partir de 1º de janeiro de 2024, as contas de água em Bariri custarão 31,3% a mais para residências, indústrias, comércio e órgãos públicos (confira tabelas).
O decreto com o aumento das tarifas de água e esgoto foi assinado na quinta-feira (23) pelo prefeito Luis Fernando Foloni (Cidadania).
Quanto aos imóveis residenciais, hoje a tarifa mínima é de R$ 20,64, sendo R$ 13,76 de água e R$ 6,88 de esgoto. A partir de janeiro o valor subirá para R$ 27,10 (R$ 18,07 de água e R$ 9,03 de esgoto).
O Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba) cobra 50% de esgoto em relação ao valor da água.
Quem consome até 10 mil litros por mês (em qualquer das três categorias) paga um valor mínimo e fixo.
Em Bariri, há faixas de cobrança conforme o consumo. Por exemplo, quem gasta 15 mil litros no mês, paga 10 mil litros na faixa inicial e os outros 5 mil litros na faixa 2.
No decreto, Foloni aponta que a autarquia solicitou o reajuste dos valores das tarifas de água e esgoto e também preços públicos de outros serviços prestados.
Além disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao analisar as contas de 2022 do Saemba, citou a baixa capacidade financeira e que deveria ser mantido com recursos próprios, alertando para a necessidade de se adotar medidas de correção dos preços públicos praticados.
Outro ponto mencionado pelo prefeito diz respeito ao aumento de custos do Saemba, em especial relativas a pessoal e com energia elétrica. Nesse caso, a CPFL Paulista encaminhou ofício à Câmara de Bariri comunicando o não pagamento de contas (leia box).
70% de despesas
O superintendente do Saemba, Eder Cassiola, acrescenta que os gastos com funcionários, vale-alimentação e energia elétrica representam 70% das despesas da autarquia.
Segundo ele, entre 2017 e 2020 não houve correção das tabelas. O atual governo promoveu reajuste nos valores de 25% em 2021 e de 10% em 2023.
Cassiola informa que o valor de R$ 27,10 por consumo residencial até 10 mil litros por mês é superior a Itapuí (R$ 25,83). Já municípios atendidos pela Sabesp (Arealva, Bocaina, Boraceia e Pederneiras) pagam o mínimo de R$ 64,60 por mês.
De acordo com o superintendente, para equilibrar as contas foram discutidas duas possibilidades: aumento da tarifa de água e esgoto; ou subvenção econômica das atividades da autarquia, pela Prefeitura de Bariri. O Executivo decidiu pela primeira.