Os termômetros podem registrar recorde na capital paulista com a média histórica de 37,1ºC, no sábado (30), de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Defesa Civil do Estado. A última máxima histórica registrada foi em 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC, sendo recorde absoluto.
Outras cidades do estado também podem bater recorde de temperatura máxima, como é o caso de Araçatuba, que em 12 de setembro registrou 37,4ºC, pode chegar aos 41ºC. Já no dia 13 de setembro, Bauru registrou média de 36,9ºC e nesta semana a temperatura deve chegar aos 40ºC. Presidente Prudente, também registrou no último dia 13, 36,9ºC, sendo que ainda nesta semana, os termômetros devem chegaram na casa dos 41ºC.
Esta onda de calor irá se estabelecer sobre o Estado de São Paulo, tornando os dias com calor intenso em todas as regiões. Isso decorre da atuação de uma forte massa de ar quente e seca que incide sobre o Estado, juntamente com um sistema de alta pressão que deve se estabelecer sobre a região, caracterizando um bloqueio atmosférico, que mantém o tempo quente e seco até o final da estação do inverno, que se encerra neste sábado (23).
Este fenômeno também proporciona a queda significativa nos índices de umidade presente no ar.
Nas Regiões de Ribeirão Preto, Franca, Barretos, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Araçatuba e São José do Rio Preto os índices devem ficar abaixo dos 20%, atingindo níveis críticos.
Beba água
A água é essencial para a hidratação humana, regulando a temperatura corporal e ajudando no transporte de oxigênio, nutrientes e sais minerais.
De acordo com Wendell Porter, professor emérito de engenharia agrícola e biológica da Universidade da Flórida, a temperatura da água não é relevante, porque o próprio organismo irá aquecê-la.
“Quando a pessoa sente sede já é um sinal de desidratação. Então temos que prestar bastante atenção. Um cálculo interessante para saber a quantidade de água a ser ingerida por dia é multiplicar cada quilograma do corpo por 0,035. Se a pessoa pesa 70 kg, por exemplo, basta multiplicar por 0,035”, sugere a nutricionista Gabriela Cilla.
Para quem tem dificuldade para consumir água, vale colocar despertadores e deixar garrafas próximas aos ambientes mais frequentados, recomenda Cilla.
Aposte em frutas, legumes e vegetais
Os alimentos in natura costumam ser as melhores opções para os dias quentes, porque possuem alto percentual de água.
Segundo informações do Ministério da Saúde, o “leite e boa parte das frutas contêm de 80% a 90% de água. Verduras e legumes cozidos ou na forma de saladas costumam ter mais do que 90% do seu peso em água. Um prato de feijão com arroz é constituído de dois terços de água”.
Cilla complementa a recomendação citando alguns dos alimentos mais ricos em água: “melancia, morango, maçã, laranja, por exemplo. Além de verduras verde-escuras, como pepino, couve-flor e brócolis”.
O consumo desses alimentos e de chás gelados também pode ajudar a aumentar a ingestão diária de líquidos para aqueles que têm dificuldade de beber água, explica a nutricionista.
Use ventiladores
Os ventiladores são aliados conhecidos dos dias quentes. Mas a dica é posicionar os equipamentos voltados para as janelas dos ambientes, de modo que o ar quente seja soprado para fora e substituído pelo ar frio.
Manter as janelas abertas nos momentos menos quentes ou sem incidência do Sol também ajuda na ventilação do ambiente, reduzindo a temperatura da casa.
Feche as cortinas
Se as janelas ficarem voltadas para a direção do sol de manhã à tarde, é importante fechar as cortinas ou persianas para “evitar que o sol entre diretamente na casa e aqueça (o) interior”, disse Porter.
As cortinas blackout — que bloqueiam a luz que vem de fora — podem ser ainda mais eficiente para isolar o ambiente e reduzir os aumentos de temperatura que aconteceriam durante o dia.
Dica extra: use filtro solar!
Embora não tenha como objetivo amenizar o calor, o filtro solar é indispensável para proteger a pele durante os dias mais quentes.
O Ministério da Saúde recomenda que os protetores solares sejam “aplicados 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou após nadar, suar e se secar com toalhas”.
Para se proteger do sol também vale usar acessórios de verão, como chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e camisas de mangas longas com proteção UV.