
Paulo Grigolin aponta que conduta de Gilson revelou-se extremamente grave (Arquivo/Candeia)
Paulo Egídio Grigolin, na condição de munícipe, protocolou no dia 25 de fevereiro na Câmara Municipal pedido de abertura de Comissão Processante (CP) contra o vereador Gilson de Souza Carvalho (PSB).
O caso trata de suposta prática de disseminação de informações falsas a respeito da morte de bebê na Santa Casa de Bariri, o que poderia configurar quebra de decoro.
Esse é o segundo requerimento de abertura de CP. O primeiro foi protocolado pelo eleitor Carlos Roberto Furcin.
Ao Candeia, Gilson disse que iria tomar conhecimento da denúncia para, em seguida, se manifestar.
Segundo Grigolin, na sessão de 3 de fevereiro, durante a Palavra Livre, Gilson teria procedido de modo incompatível com a dignidade da câmara e ter faltado com o decoro em suas manifestações públicas.
Conforme documento do Ministério Público (MP) anexado no pedido de abertura da CP, Gilson teria propagado deliberadamente informações falsas relacionadas à morte de uma criança ocorrida na Santa Casa
“Tal conduta revelou-se extremamente grave, pois, a acusação pende para o lado criminal, qual seja, homicídio culposo, por negligência, imprudência ou imperícia por parte da instituição Santa Casa e seus profissionais, colocando em cheque a honra e o profissionalismo de médicos, diretores e demais profissionais da saúde envolvidos no caso”, cita Grigolin no documento encaminhado ao Legislativo.
“Além disso, causou profundo abalo emocional nos genitores da criança, induzindo-os ao erro de acreditar que o falecimento teria sido evitável caso houvesse atendimento adequado.”
Os dois pedidos de abertura de Processante devem ser colocados para votação na próxima sessão ordinária da Câmara de Bariri, marcada para o dia 6 de março.
Conforme o Decreto-Lei nº 201, de 1967, para aprovar a abertura da CP é necessária maioria simples dos presentes à sessão.
Como Gilson é denunciado, ele não pode votar. De acordo com o presidente da Câmara de Bariri, Ricardo Prearo (PSD), no Estado de São Paulo o posicionamento majoritário da Justiça é que seja chamado o primeiro suplente do vereador investigado, no caso, Paulo Crepaldi (PSB) para votar.
Se ocorrer a abertura da Processante, haverá sorteio de presidente, relator e membro para o início da instrução.