

Para o Ministério Público, representação feita por Valentina em relação a Myrella apresenta nítido interesse pessoal – Fotos Arquivo
O promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior determinou o arquivamento de representação feita ao Ministério Público (MP) pela servidora municipal Valentina Fátima João Navarro contra a também servidora e vereadora Myrella Soares da Silva (União Brasil).
O documento pelo arquivamento da representação chegou ao conhecimento dos vereadores no dia 4 de abril.
Valentina esteve na Promotoria de Justiça no dia 2 de abril solicitando apuração e apresentando, inclusive, denúncia de cassação do mandato da vereadora, via pedido de abertura de Comissão Processante. O pedido ao Legislativo foi feito no dia 31 de março.
No mesmo dia, um pouco antes, foi Myrella quem esteve na sede do MP em Bariri. A vereadora relatou possível descumprimento de medidas protetivas por Valentina, deferidas após agressões sofridas no início do ano.
Conforme explanado por Myrella, ela estaria sendo vítima novamente, desta vez com falsas denúncias protocoladas no Legislativo.
Ao MP, Valentina alegou que Myrella estaria exercendo veladamente cargo comissionado, praticando advocacia administrativa e, ainda, recebendo horas extraordinárias sem realizá-las.
De acordo com o promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior, a representação em face de Myrella apresenta nítido interesse pessoal de Valentina, sem lastro probatório. “Não há que se falar em advocacia administrativa e muito menos em ocupação de cargo comissionado de forma velada na Diretoria de Saúde”, escreveu o promotor.
Outro apontamento feito por Febraio Junior é que não existe comprovação de que Myrella não tenha feito horas extras. Conforme atestado pela então diretora municipal de Saúde, Ana Paula Rodrigues de Arruda Falcão, a agente administrativa efetivamente prestou as horas extras, especialmente para cadastramento de munícipes em sistema de saúde.
Em relação a Valentina, o membro do MP determinou apuração de crime de comunicação falsa, requereu da Prefeitura de Bariri apuração das horas extras prestadas por ela nos últimos cinco anos e que comprove o atual andamento de procedimento instaurado para apurar agressão praticada durante o exercício das funções e eventuais penalidades aplicadas e, finalmente, que a Delegacia de Polícia informe a respeito da conclusão das investigações decorrentes das agressões sofridas por Myrella.
























