A Della Coletta Bioenergia (DC Bio) encerrou no dia 6 de dezembro a moagem da cana-de-açúcar. A safra teve início no dia 5 de março e deve ser retomada na segunda quinzena de março de 2019.
Neste ano a empresa optou por produzir mais etanol por dois motivos: necessidade de abastecimento do mercado interno de combustíveis; e baixa procura pelo açúcar. Na safra que acaba de ser encerrada foram empregados 1.080 funcionários.
“Normalmente operamos com 50% para cada produto, pois assim é que a fábrica foi projetada”, explica o presidente da DC Bio, José Roberto Dalla Coletta. “Entretanto, nesta safra efetuamos algumas melhorias técnicas e operacionais que nos possibilitaram aumentar um pouco mais o mix de etanol, passando a 55% para etanol e 45% para açúcar.”
No momento, os dois produtos apresentam preços interessantes. Segundo Dalla Coletta, no caso do açúcar o excedente de estoque existente no mercado internacional tem forçado os preços para baixo.
“Especificamente no caso do produtor brasileiro, o câmbio tem favorecido, conseguindo realizar um preço não tão bom quanto do etanol, mas que cobre os custos e deixa um pouco de margem”, comenta o empresário.
Entressafra
Já o etanol em determinados momentos apresenta um preço melhor que o do açúcar, em função do valor do petróleo no mercado internacional, que faz com que o preço da gasolina, considerando a paridade, seja mais favorável para o combustível verde. Com isso, o produtor consegue vender o produto com boa margem.
Sobre possível aumento no preço do etanol nas bombas, Dalla Coletta diz que a entressafra sempre apresenta um momento de escassez. “A única forma de correção se dá através do preço, em função das leis de mercado. Isso leva a um aumento de preço para regular o mercado e o abastecimento”, comenta.