A Prefeitura de Bariri convidou a imprensa para uma coletiva na tarde de quarta-feira (16). O objetivo foi falar a respeito do comportamento do orçamento do município no atual exercício.
Há tempos o Executivo vem sendo criticado por não estar cumprindo à risca o pagamento com fornecedores e prestadores de serviço. O assunto, inclusive, vem sendo objeto de comentários nas últimas sessões da Câmara.
O Candeia costuma acompanhar a vida financeira do município, seja participando de audiências públicas no Legislativo e no Executivo e também verificando a entrada e saída de recursos pelo Portal da Transparência.
No início de julho deste ano, por exemplo, o jornal publicou matéria, apontando que a administração municipal havia gastado R$ 9,7 milhões a mais do que havia arrecadado, isso de janeiro a junho.
Em seguida, no fim de setembro, o Candeia marcou presença na audiência pública para tratar do segundo quadrimestre de 2023 (período de maio a agosto). São reuniões normalmente esvaziadas, mas importantes para que o Executivo apresente informações sobre as receitas e despesas.
Voltando à coletiva de imprensa, o prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB) disse que a arrecadação caiu para a maioria dos municípios brasileiros.
O jornal foi conferir a situação de alguns deles da região. Considerando o período de janeiro a 19 de outubro deste ano, Bariri arrecadou R$ 117,2 milhões para uma estimativa de R$ 150,1 milhões até o fim de 2023. Ou seja, até o momento a receita chegou a 78%.
Em relação às despesas liquidadas, chegaram a R$ 124,6 milhões até 19 de outubro. Fazendo uma conta rápida, o déficit é de R$ 7,4 milhões no ano. Até o fim de junho deste ano a situação era pior: déficit de R$ 9,7 milhões.
Em Boraceia, a arrecadação é de 81% do esperado para o ano. Até 19 de outubro o município somou receita de R$ 29,6 milhões para uma previsão de R$ 36,5 milhões. O gasto foi praticamente o mesmo da entrada de recursos: R$ 29,8 milhões.
Em Itaju, a receita chegou a R$ 24,5 milhões até o dia 19, diante de uma estimativa anual de R$ 27 milhões (90,7%). As despesas ficaram abaixo do arrecadado (R$ 23,6 milhões), ou seja, com superávit.
Em Itapuí, a arrecadação no período (R$ 60,5 milhões) corresponde a 89,4% do esperado para o ano todo (R$ 67,6 milhões). Já os gastos totalizam R$ 68 milhões (R$ 7,5 milhões de déficit).
Em Jaú, a receita está muito aquém do previsto. Até o dia 19 o município arrecadou 68,9% (R$ 461,3 milhões) do previsto para 2023 (R$ 669,2 milhões). O lado positivo é que os gastos estão abaixo do arrecadado (R$ 412,2 milhões).
“O Candeia verificou a previsão orçamentária para 2023 e a arrecadação e as despesas até 19 de outubro de Bariri, Boraceia, Itaju, Itapuí e Jaú”
Receitas e despesas de municípios da região | |||
Município | Previsão para 2023 | Arrecadado* | Despesas liquidadas* |
Bariri | R$ 150,1 milhões | R$ 117,2 milhões | R$ 124,6 milhões |
Boraceia | R$ 36,5 milhões | R$ 29,6 milhões | R$ 29,8 milhões |
Itaju | R$ 27 milhões | R$ 24,5 milhões | R$ 23,6 milhões |
Itapuí | R$ 67,6 milhões | R$ 60,5 milhões | R$ 68 milhões |
Jaú | R$ 669,2 milhões | R$ 461,3 milhões | R$ 412,2 milhões |
* De janeiro até o dia 19 de outubro | |||
Fonte: Portais da Transparência das prefeituras |