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Médico diz que repelentes com ação comprovada contra o Aedes aegypti são aqueles que contêm Icaridina, DEET ou IR3535 (Divulgação)
Em virtude do período das chuvas, os casos de arboviroses vêm gerando preocupação em diversas regiões brasileiras. Neste ano, conforme o Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo já soma quase 30 mil casos de dengue em investigação. Nesse contexto, além das medidas preventivas amplamente conhecidas, a escolha de um repelente eficiente é uma das principais formas de proteção individual.
Segundo o médico infectologista Lucas Alves, da HapvidaNotreDame Intermédica, a composição do produto é um fator determinante na hora de fazer uma escolha inteligente.
“Os repelentes com ação comprovada contra o Aedes aegypti são aqueles que contêm Icaridina, DEET ou IR3535. Entre eles, o mais eficaz é o que contém Icaridina, com tempo de ação de até dez horas”, explica. Já os compostos com DEET têm duração de até seis horas. Os com IR3535 atuam durante quatro horas.
Ainda de acordo com o especialista, repelentes classificados como naturais, como os de andiroba, citronela ou óleo de cravo, não possuem eficácia comprovada contra o transmissor da dengue. Por isso, não devem ser utilizados como única forma de proteção. Ele ressalta que todas as informações sobre o princípio ativo e o tempo de ação devem estar claramente descritas na embalagem.
Quanto à aplicabilidade, Lucas explica que spray, loção ou gel apresentam benefícios semelhantes, cabendo ao consumidor escolher a opção mais prática e confortável. Perfume ou propriedades hidratantes também não interferem na proteção, desde que contenha os princípios ativos indicados.
“Se o produto não tem registro na Anvisa, ele não deve ser utilizado. Também é importante observar o tempo de ação, a frequência de reaplicação e a faixa etária para uso seguro”, alerta o infectologista.
Orientação médica
Para além da prevenção, o médico reforça a importância de buscar atendimento médico ao surgirem sintomas clássicos da dengue, como febre alta, dor de cabeça e dores no corpo. “Nem toda febre é dengue. O diagnóstico correto é essencial para um tratamento adequado. A telemedicina pode ser uma boa ferramenta inicial, mas, em casos mais graves, o médico pode orientar uma consulta presencial”, destaca. A Hapvida oferece consulta por telemedicina em diversas especialidades com toda a comodidade.
Por fim, Lucas faz um alerta sobre a automedicação e os cuidados com quem já está doente.
“Automedicar-se é sempre um risco, especialmente sem um diagnóstico definido. Além disso, mesmo quem já contraiu dengue deve usar repelente, para evitar que o mosquito transmita o vírus para outras pessoas”, explica. Ele reforça que a limpeza de criadouros é uma estratégia crucial para reduzir a reprodução do mosquito. “É na água parada que o Aedes aegypti coloca seus ovos. Secar e limpar reservatórios são fundamentais para combater a doença na origem”, completa.