Os promotores de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior e Gabriela Silva Gonçalves Salvador – Alcir Zago/Candeia
O Ministério Público (MP) encaminhou ofício aos municípios de Boraceia e de Itaju para que os prefeitos avaliem a possibilidade de aumentar os repasses mensais à Santa Casa de Bariri para manutenção dos serviços de pronto-socorro.
O documento é assinado pelos promotores de Justiça Gabriela Silva Gonçalves Salvador e Nelson Aparecido Febraio Junior. Também foram oficiados o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Bauru, a Secretaria Estadual de Saúde e o MP em Pederneiras, que tem atuação no município de Boraceia.
A iniciativa foi tomada em face da grave crise por que passa o hospital baririense, referência para atendimentos a moradores dos dois municípios vizinhos.
Segundo os promotores, do ponto de vista financeiro, a Santa Casa de Bariri não recebe a mesma contrapartida das duas cidades, de forma proporcional à população.
Bariri, com aproximadamente 35.500 habitantes, destina contribuições de R$ 400 mil mensais. Já Boraceia e Itaju, que somam aproximadamente 10.000 habitantes, têm repassado um valor mensal inferior a R$ 15 mil, juntas.
Estudo feito pelo hospital e pela Diretoria Municipal de Saúde apontou que os repasses ao PS deveriam ser de R$ 400 mil por Bariri, de R$ 43,9 mil por Boraceia e de R$ 35 mil por Itaju.
“A continuar nesta forma desatualizada de repasse, em breve, não havendo mais condições de manutenção, a Santa Casa de Bariri não terá mais viabilidade e, assim, Boraceia e Itaju não terão mais onde encaminhar seus munícipes”, citam os promotores.
Apontam que se o hospital encerrar as atividades, os custos serão mais altos para Boraceia e Itaju para que mantenham os serviços de pronto-atendimento.