Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria Estadual da Saúde: resultado é fruto de ações integradas do Estado em parceria com os municípios / Divulgação
Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que a gravidez na adolescência no Estado caiu 50% em 20 anos e atingiu, em 2017, o menor nível da história.
No ano passado, 73.966 gestantes menores de 20 anos tiveram filhos no Estado, equivalente a 12,1% do total de nascidos vivos em SP (confira no quadro). Em 1998, o índice foi de 148.018 mães nessa faixa etária, e o percentual foi de 20,2%. A queda é gradativa. Há dez anos, 16,3% das gestantes tinham menos de 20 anos. Em 2007, 97 mil mães estavam nessa faixa etária.
Em 96% dos casos de gravidez na adolescência, as jovens tornaram-se mães com idade entre 15 e 19 anos. Nessa faixa etária, a redução do índice de gravidez na adolescência também caiu pela metade. Em 2017, esse grupo abrangeu 71.535 gestantes, equivalente a 11,7% do total de partos em SP. Em 1998, o percentual foi de 20% ou 143.490, em números absolutos.
Para Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria, os números representam o êxito de políticas públicas adotadas no Estado de São Paulo e da qualificação de equipes nos serviços de saúde.
“É um resultado importante, que foi possível graças a ações integradas do Estado, em parceria com os municípios. Iniciativas que ampliam o conhecimento e o debate, auxiliam os profissionais a qualificar o atendimento à esses jovens e sensibilizam gestores para criação de novas ações de atenção à saúde do adolescente”, afirma.
A médica também ressalta que as iniciativas de conscientização coletiva e a consolidação de serviços específicos sobre esse público, a exemplo das Casas do Adolescente, bem como a distribuição gratuita de preservativos e contraceptivos em todo o Estado, foram fundamentais para a redução dos casos.
Os preservativos começaram a ser distribuídos no Estado de forma regular a partir de 1994. Atualmente, São Paulo distribui uma média de 60 milhões de camisinhas masculinas e 2,7 milhões de preservativos femininos por ano. No ano de 2017 foram distribuídas mais de 75 milhões de camisinhas masculinas e 2,4 milhões de femininas.
Bariri
A Fundação Seade disponibiliza dados sobre nascimentos de mães com menos de 18 anos. Ou seja, dois anos a menos que o levantamento da Secretaria.
No caso de Bariri, é possível encontrar na página eletrônica da Fundação Seade informações de 2004 a 2016.
Os menores percentuais de mães com menos de 18 anos que tiveram filhos foram registrados no município em 2015 e em 2016 (confira no quadro).
Série histórica no Estado de SP
Ano Total de partos % De Mães Adolescentes
1998 734.571 20,2
1999 729.948 19,8
2000 699.326 19,5
2001 646.005 19,2
2002 631.827 18,5
2003 622.171 17,6
2004 626.804 17,0
2005 619.107 17,0
2006 604.085 16,7
2007 595.509 16,3
2008 601.872 15,7
2009 598.909 15,5
2010 601.561 14,8
2011 609.778 14,8
2012 617.370 14,9
2013 611.227 14,9
2014 625.094 14,6
2015 633.253 13,8
2016 600.300 13,2
2017 611.133 12,1
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde
Série histórica em Bariri
Ano % De Mães Adolescentes
2004 14,40
2005 9,88
2006 6,81
2007 7,77
2008 10,10
2009 11,98
2010 6,96
2011 9,85
2012 8,04
2013 10,72
2014 9,34
2015 6,65
2016 6,44
Fonte: Fundação Seade