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No Brasil, país tropical com temperaturas que variam de 18 a 28 graus, em média, o tipo de câncer mais comum é o de pele, cujo principal fator de risco é a exposição excessiva ao sol. Para alertar sobre os sinais da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a campanha Dezembro Laranja.

Referência em oncologia, o Hospital Amaral Carvalho (HAC), de Jaú, mantém um programa contínuo de prevenção do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. A equipe apoia a campanha e ressalta a importância de medidas preventivas e do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos. Os vilões são os raios ultravioleta, emitidos pelo sol, que prejudicam a pele e podem causar o câncer. Pessoas de pele clara ou que trabalham ou permanecem por longos períodos expostas ao sol, integram o grupo de risco.

De acordo com a dermatologista do HAC, Ana Gabriela Salvio, hábitos simples, como o uso diário de protetor solar e óculos de sol, fazem a diferença e ajudam a prevenir a doença. “A pele é o maior órgão do nosso corpo e, desde a infância, acumula toda a radiação que recebemos. Em longo prazo, os danos podem ser irreversíveis, por isso, o cuidado deve ser diário”, afirma.

A médica explica que é importante ficar atento e procurar um médico ao notar qualquer lesão suspeita ou alteração na pele, especialmente ao surgimento de pintas pretas, assimétricas e com bordas irregulares, que apresentam mais de uma coloração e com diâmetro superior a um centímetro. “Esse tipo de lesão pode ser um sinal de alerta para o melanoma”, destaca.

Fique atento às recomendações

– Use protetor solar todos os dias, mesmo quando nublado, e reaplique a cada duas horas ou sempre que houver transpiração ou contato com água;

– Evite a exposição ao sol sem proteção, especialmente nos horários mais intensos, das 10h às 16h;

– Use chapéu, óculos escuros, camisas de manga longa, filtro solar, guarda-sol ou barracas sempre que estiver ao ar livre, e procure sempre por uma sombra;

– Os danos dos raios ultravioletas são acumulativos, por isso, proteja bebês e crianças da exposição solar. Bebês acima de seis meses já devem usar protetor solar infantil com Fator de Proteção Solar (FPS) para raios UVB de, no mínimo, 30 e com proteção UVA, no mínimo 10. Nesses casos, é recomendado aplicar protetor solar de amplo aspecto, hipoalergênico, que não irrita a pele e é fácil de passar;

– Fique atento ao comprar protetores solares, pois, nem todos os produtos protegem contra os raios UVA e UVB. Procure por produtos que declaram sua ampla proteção na embalagem. Os mais eficientes possuem as siglas PPD e FPS. Além disso, é importante optar por produtos de marcas confiáveis ou conforme indicação médica, para garantir que tenham os elementos que permitam uma proteção eficaz e completa.

Hospital Amaral Carvalho (HAC) mantém programa contínuo de prevenção do melanoma

Foto: Divulgação