Composição 1_1

Eder Cassiola, do Saemba, esteve na Câmara e falou da crise hídrica e medidas para aumentar oferta de água – Alcir Zago/Candeia

O superintendente do Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba), Eder Cassiola, defendeu na sessão da Câmara de segunda-feira (20) a perfuração de poço profundo ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) para que o município fique menos dependente do Manancial São Luis.

Cassiola disse que a autarquia está reativando dois poços de Bariri que pararam de produzir água, mas a ação é insuficiente para aumentar a oferta de água para a cidade como um todo. A atual estiagem está afetando praticamente metade do município.

Recentemente, a prefeitura de Bariri realizou licitação e contratou a empresa José Francisco Vitor-ME, de Bauru, para perfurar poço na Rua Sete de Setembro. O custo é de R$ 136,9 mil, bancado com recursos do Tesouro municipal.

O volume de água previsto é de 30 metros cúbicos de água por hora para atender os moradores de bairros como Jardim dos Ipês, Maravilha, entre outros.

Com verba própria, o Saemba contratará empresa para recuperar o poço situado no antigo Tiro de Guerra (TG) ao custo de aproximadamente R$ 50 mil. A água será destinada àquela região e também ao Jardim Umuarama e adjacências.

O projeto de mais alto valor é a perfuração de poço ao lado da ETA para que o manancial seja reformado e utilizado futuramente como reserva técnica.

Os R$ 2 milhões previstos para a obra seriam arcados com financiamento a ser buscado pelo poder público. Segundo Cassiola, como o prazo para quitação irá ultrapassar a atual legislatura, a prefeitura deve encaminhar projeto para pedir autorização da Câmara.

O superintendente diz que a iniciativa consta de projeto técnico elaborado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

Caso a proposta não tenha respaldo, o Saemba deve optar por perfurar poços menores em vários pontos do município, sendo um por ano.

 

Estiagem e incompetência

 

Por iniciativa própria, Cassiola esteve na Câmara para falar sobre a crise hídrica vivida por Bariri. De acordo com ele, há dois fatores a serem considerados. O primeiro é a forte estiagem que atinge o País, a maior em 90 anos.

O segundo é a incompetência do poder público, considerando que de 1998 até o presente momento a autarquia perfurou dois poços (Jardim Nova Bariri e Pólo Industrial).

A crise hídrica está afetando metade da cidade, principalmente bairros abastecidos pelo manancial.

Cassiola comentou que outros projetos do Saemba são reformar a ETA (custo é de R$ 500 mil), reduzir a perda de água (de quase 50%), incluindo a troca de tubulações em áreas antigas da cidade e a substituição de tubos da própria adutora que liga o manancial à ETA.

O superintendente pretende elaborar projeto para que futuros loteadores perfurem poços ou depositem determinada quantia financeira em conta específica para essa finalidade. Os vereadores presentes à sessão puderam fazer questionamentos a Cassiola.