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Equipamentos e cartões foram apreendidos com o acusado em hotel da cidade em fevereiro deste ano – Arquivo/Candeia

Na semana passada agências bancárias e lojas de Bariri registraram ocorrências relacionadas ao Golpe do Motoboy. Em fevereiro deste ano a Polícia Civil prendeu autor desse tipo de crime no município.

Em algumas situações moradores da cidade conseguiram perceber que se tratava de delito e não caíram no golpe. Mas em outros casos pessoas perderam dinheiro com o crime.

Os bandidos agem da seguinte forma: o golpista liga se passando por um funcionário do banco ou da administradora de cartões, muitas vezes informando os dados verdadeiros do cliente para passar credibilidade.

Na ocasião, afirma que o cartão foi clonado ou que há compras suspeitas, sendo necessário o cancelamento do cartão.

Para efetuar o cancelamento, orienta o cliente a digitar alguns dados no telefone, entre eles a senha do cartão. Para concluir o cancelamento, pede ao cliente para cortar o cartão ao meio que um motoboy irá buscar o cartão na residência do cliente ou em outro local para segurança da operação.

Com os dados do cliente, a senha e o chip em mãos, os golpistas fazem diversas compras no cartão, gerando prejuízos.

 

Como se prevenir

 

Caso a pessoa desconfie de alguma ligação feita por algum banco, deve desligar o telefone e entrar em contato com a instituição financeira onde tem conta.

Os bancos não solicitam a digitação de senhas em ligações ou em links enviados por mensagens.

Também não oferecem o serviço de recolhimento de cartões por motoboys. A orientação é que a pessoa nunca entregue o cartão a alguém, mesmo se ele estiver quebrado.

 

Polícia Civil deteve suspeito neste ano

 

Em fevereiro deste ano a Polícia Civil de Bariri prendeu E. H. S., 21 anos, residente em São Paulo, por estelionato. O jovem estava num hotel da cidade, quando foi abordado pelos policiais.

A suspeita de que o autor dos golpes estaria em Bariri é que rapidamente um motoboy passava na casa das vítimas assim que elas recebiam ligações sobre eventuais fraudes no cartão de débito.

Nos boletins de ocorrência registrados na época, uma mulher telefonava e dizia ser representante de um banco. Relatava que havia fraude no cartão e que um motoboy passaria para recolher o cartão e a senha.

Com os dados em mãos, o golpista utilizava o cartão para compras no débito. Ele dispunha de seis máquinas para o crime. As vítimas não conseguiam ligar para os bancos porque as linhas telefônicas eram bloqueadas.

Os policiais detiveram o suspeito num hotel de Bariri. Com ele havia máquinas, cartões, telefones celulares e pequena quantidade de maconha. Tinha também uma central de transferência para consumar os golpes. Ele estaria em Bariri desde o início da semana.