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Empresa Latina durante prestação de serviço em Bariri: documento anexado pelo MP tem quase 300 páginas (Arquivo/Candeia)

O Ministério Público (MP) acrescentou recentemente novos diálogos obtidos após análise de equipamentos eletrônicos apreendidos com réus em ação cível por supostos atos de improbidade administrativa. O documento tem quase 300 páginas.
O processo foi ajuizado contra o ex-prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho, os empresários Paulo Ricardo Barboza, dono da Latina Ambiental Ltda., e Abilio Giacon Neto, e os ex-diretores da prefeitura Flávio Muniz Dalla Coletta (Gabinete e Desenvolvimento Econômico) e Giuliano Griso (Obras) e também contra a empresa Latina.
Algumas conversas haviam sido adicionadas anteriormente e outras fazem parte de outras demandas judiciais, como a que trata de possíveis irregularidades na contratação da empresa pela Prefeitura de Itaju.
A Promotoria de Justiça, mais uma vez, destaca que os documentos não são referentes a novas provas, mas dizem respeito a temas relevantes ao caso por uma das partes (MP).
Uma das novidades é conteúdo encontrado em equipamento eletrônico apreendido na empresa Germânica Veículos, de Limeira. Veículo locado pela firma teria sido utilizado para atentado no início de junho do ano passado contra o empresário Fábio Yang.
Conforme o MP, o dono da Latina, Paulo Ricardo Barboza, foi o responsável pela locação do automóvel e pretendia ocultar a natureza criminosa de que pretendia fazer uso do veículo. Em 31 de maio de 2023, poucos dias antes do atentado, seguido de roubo, o veículo estava em posse do dono da Latina.

Sem prestação de serviço

A Promotoria de Justiça anexou também conteúdos relativos a eletrônicos apreendidos de propriedade de Griso e da Latina Ambiental.
No caso do material pertencente à empresa sediada em Limeira, a investigação apontou que Paulo Ricardo teria participado ativamente da elaboração de editais de licitação, incluindo termo de referência. Isso, em conjunto com outros denunciados.
Em outro ponto, o MP relata que “era Paulo Ricardo quem elaborava as planilhas das notas a serem emitidas e posteriormente empenhadas pelo município de Bariri, mesmo sem a correspondente prestação de serviços conforme amplamente demonstrado nos autos, inclusive por fiscalização in loco do TCE-SP e testemunha, que exerceu o cargo de gestor de contrato e, ainda, relatou tal fato”.
Na manifestação ao Judiciário, a Promotoria de Justiça anexa ainda conversas entre o dono da Latina com Abílio, com Abelardo e com Márcio Nascimento, na época diretor municipal de Obras. Há, ainda, informações sobre supostas fraudes cometidas em Itaju.