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Autoridades políticas e médicos têm pedido constantemente para que a população fique em casa o maior tempo possível para minimizar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). No entanto, alguns profissionais não têm opção senão trabalhar. Ainda mais se são pessoas ligadas à área da Saúde. Com esse propósito, o Candeia ouviu nesta semana quatro profissionais que atuam em Bariri e que eventualmente podem ter contato com pessoas infectadas pelo Covid-19 ou outro vírus ou bactéria. Eles relatam como é feita a prevenção, o isolamento junto à família e as ações que estão sendo tomadas no município. Participam da entrevista a responsável pela Estratégia Saúde da Família (ESF) 2, enfermeira Angélica Fanti Moço, o fisioterapeuta Elder Luis Piton Contarteze, a coordenadora de enfermagem da Santa Casa de Bariri, Luciane Correa Machado e a também enfermeira Marina Prearo.

“Eu, a profissional, particularmente não tenho medo de lutar nessa batalha a favor da vida. Pelo contrário, estou segura e confiante da preparação que recebi e que venho desempenhando diariamente. Mas, a filha, a esposa e a mãe de família – que é tudo o que envolve o meu lado pessoal – tem a única preocupação de não levar alguma coisa contaminada para casa” – Angélica Fanti Moço

 

“É um aspecto muito difícil da pandemia, pois não podemos sequer abraçar e beijar nossos amados filhos – eu tenho dois, sendo um de nove e um de sete anos. Mesmo as crianças não apresentando sintomas ou apresentando sintomas leves, temos que ter responsabilidade” – Elder Luis Piton Contarteze

 

“A cada dia é um novo desafio, cada paciente um atendimento diferente, uma necessidade diferente, todos os dias chegam novas informações, pois tudo é ainda muito novo, mas temos determinação e certeza que logo passará.” – Luciane Correa Machado

“Nós nos colocamos à disposição e firmamos o compromisso moral e ético com a população, assim como a imprensa, que apresenta um papel fundamental e de importância indubitável nessa batalha, e que juntos e unidos há esperança, mas que não pode ser do verbo esperar. Em especial a nossa população, quem puder fique em casa!” – Marina Prearo 

Candeia – Relate como médicos e enfermeiros enfrentam a Covid-19 no corpo a corpo dos hospitais.

Angélica –  A Covid-19 é uma doença letal e que jamais foi enfrentada no nosso país, muito menos na pacata cidade de Bariri, onde tem gerado bastante apreensão entre os munícipes. Para amenizar a tensão, foi formado um Comitê para elaborar estratégias de combate ao Coronavírus.  Então, dessa junção entre os profissionais de saúde, ocorre a análise logística dos materiais necessários a serem utilizados e do espaço físico destinado às triagens dos casos suspeitos. Antes de tudo, é recomendável dizer que os equipamentos de proteção individual estão em falta de maneira geral no país, não apenas aqui na cidade de Bariri. No entanto, ainda temos material para trabalho de rotina e o município também já providenciou a compra de novos materiais para que os profissionais continuem atuando na linha de frente de combate. Em relação ao diagnóstico da doença, os testes rápidos da Covid-19 ainda não chegaram. Para a detecção dos casos, há coleta de exames que são enviados para o Instituto Adolfo Lutz em Bauru, onde fica o laboratório de referência científica que embasa tecnicamente o nosso trabalho. Além disso, outros laboratórios da rede privada contribuem na coleta e apresentacão dos resultados desses exames. Os testes rápidos são importantes, porque agilizam o processo de tratamento, eliminam os casos suspeitos e confirmam os casos verídicos, o que possibilita o encaminhamento dos pacientes para áreas de isolamento e/ou internação. Para lidar com os efeitos da pandemia, a carga de trabalho dos profissionais foi dividida entre as funções nos postos de saúde onde os funcionários têm sede e a atuação deles no Comitê de Saúde, cuja central ou base foi definida para funcionar no Centro de Saúde. A ideia foi separar os pacientes de outras demandas e designar um espaço exclusivo para o atendimento de pacientes com suspeita de Covid- 19. Sendo assim, as consultas médicas tiveram que ser suspensas para evitar a aglomeração de pessoas neste período, no interior dos postos de saúde. Neste momento, a vacina mais eficaz é o distanciamento social. Em termos de respaldo da gestão pública, os profissionais da saúde recebem apoio e informações atualizadas, que servem de norte e suporte para a tomada de ações posteriores, de modo também que possam fornecer indicadores sobre materiais, insumos e subsídios específicos para o enfrentamento do vírus causador da epidemia. Nesse sentido, a prioridade é enfrentar a pandemia, mas sem descuidar de outras enfermidades, pois a saúde não pode parar de oferecer amparo aos pacientes que apresentarem problemas distintos. O objetivo é interligar o combate ao Coronavírus às demais especialidades que sejam essenciais e urgentes, a fim de diminuir a circulação de pessoas nos logradouros públicos e postos de saúde.

Elder – Nós, profissionais da saúde, temos um grande e estressante desafio em nossas carreiras, que é enfrentar e superar juntos essa pandemia do Covid-19. Para isso, é fundamental o uso dos EPI´s (equipamentos de proteção individual) para tentar evitar contaminação pelo coronavírus. Preparamo-nos, cada um em sua área e todos se complementando (equipe multidisciplinar), na elaboração de protocolos baseados nas experiências principalmente da China e da Itália. Nos últimos dias foi uma troca muito grande de conhecimentos de como proceder frente aos pacientes com a doença, exigindo uma extenuante jornada de trabalho, não só dentro do hospital, mas fora dele também, perfazendo uma carga de trabalho de 16 a 18 horas por dia. Na minha área, por exemplo, somos responsáveis pela ventilação mecânica desses pacientes, seja na análise, nos ajustes dos parâmetros ventilatórios e na evolução dos mesmos. Para tal, seguimos os protocolos que estão sendo utilizados mundialmente e contamos com ventiladores mecânicos dos mais modernos possíveis, graças ao empenho dos responsáveis pela Santa Casa de Jaú. Instituição que tenho orgulho em fazer parte e, desta forma, poder ajudar a população nesse difícil momento.

Luciane – Nós, profissionais da saúde, estamos na linha de frente no combate ao Covid-19. Estamos preparados para a batalha. As medidas adotadas pela Santa Casa foram a implantação de um fluxograma e procedimentos em áreas isoladas, que garantem a segurança dos pacientes e dos profissionais, possuímos EPIs para proteção, contamos uma unidade de tratamento intensivo e um isolamento para tratamento exclusivo desses pacientes. Os testes são enviados para o laboratório Adolfo Lutz para análise, porém, a demora com os resultados é estressante, os exames de urgência são encaminhamos para um laboratório particular e são custeados pela prefeitura. Até o momento, nossa carga horária continua a mesma, 6 horas diárias ou 12x36h. Os médicos fazem plantões de 12 horas.

Marina – Enfrentamos o trabalho ao Covid-19 com muita luta, apreensão e cuidado. Nos últimos dias o trabalho tem sido árduo na saúde, não só no atendimento, mas também com estudos. É preciso se atualizar diariamente visto que os protocolos disponíveis apresentam muita das vezes, modificações também a diário. Lembrando que a dinâmica de atendimento na saúde passou por mudanças globais, abarcando diversos países, estados e municípios, pois cada unidade de saúde passou por mudanças para a preparação ao Covid-19. Consultas eletivas não urgentes assim como, exames em geral foram desmarcados e, estão em atendimentos somente os casos de urgência. Em nosso município ainda não atingimos essa subida em número de casos como vemos em outros municípios do nosso estado, mas as projeções, é que isso ocorra e quando isso acontecer precisamos estar preparados, pois agora é o tempo da preparação. Houve mudanças em horários de atendimentos somente das ESFs (estratégia de saúde da família) que funcionarão somente no período matutino, para melhor remanejamento dos profissionais. As unidades de saúde Soma 2, Posto Nova Bariri e Centro de Saúde manterão seus horários de funcionamento normal e com atendimento médico à população mediante triagem realizada por equipe de enfermagem, essas unidades possuem localizações estratégicas e abarcam áreas geográficas determinadas o que nos proporciona maiores informações sobre o estado de saúde da população nestas diferentes localidades. O Centro de Saúde foi alocado como ambulatório específico para enfrentamento ao novo coronavírus e somente serão atendidos casos suspeitos, sendo que as atividades antes realizadas nesta unidade passaram a ser realizadas em outras unidades já estabelecidas. Nas unidades de saúde da atenção básica possuímos os EPI’s (equipamento de proteção individual) porém sabemos da dificuldade em conseguir a compra de futuros, porque o mercado está saturado de pedidos e há escassez dos mesmos. Os testes realizados para detecção do Covid-19 são realizados conforme orientações dadas do Ministério da Saúde, que são destinados a pacientes internados e a profissionais de saúde, onde após conclusão do resultado são devidamente notificados. Atualmente o município conta com a possibilidade da realização de teste a nível particular, sendo estes realizados após consenso da equipe médica e da gestão municipal, ou seja, em pacientes considerados muito grave, já que os exames disponibilizados e então notificados apresentam uma demora média de 15 a 20 dias, uma vez que possuímos de poucos laboratórios conveniados/credenciados a realizá-los.

 

Candeia – Os profissionais de saúde praticamente se “isolam” da própria família para minimizar riscos de contágio. Como tem sido essa experiência? Quais os principais medos e desafios?

 Angélica – As mudanças na vida pessoal do profissional de saúde são tão úteis quanto inevitáveis, por razões óbvias. Em casa, alguns se isolam dos filhos e familiares para preservá-los em segurança. É uma maneira de se esquivar do contato e quebrar a cadeia de transmissão, mesmo que hipotética. Há aqueles que deixam os filhos na casa de tios ou avós. Eu, a profissional Angélica Fanti Moço, particularmente não tenho medo de lutar nessa batalha a favor da vida. Pelo contrário, estou segura e confiante da preparação que recebi e que venho desempenhando diariamente. Mas, a filha, a esposa e a mãe de família – que é tudo o que envolve o meu lado pessoal – tem a única preocupação de levar alguma coisa contaminada para casa. Por isso, faço a refeição do almoço no local de trabalho, até porque devo evitar o trânsito inopinado pela cidade e tentar colaborar com o isolamento das pessoas. Se me virem saindo a toda hora, como vão se sentir estimuladas a respeitar o distanciamento? Não posso me dar ao luxo desta contradição, principalmente agora. Assim que termino o expediente de trabalho, vou para casa e, antes de entrar, retiro os sapatos do lado de fora, retiro meu jaleco e faço a higienização básica. Depois, aproveito o pequeno banheiro do lado de fora da minha casa para tomar banho e colocar uma troca de roupa limpa. Só entro dentro de casa, quando elimino os resquícios de contaminação que possam ter se alojado nas minhas vestes, as quais ponho imediatamente para lavar. Neste momento, é preciso cautela, já que o vírus se encontra ou pode estar em portadores assintomáticos, ou seja, em pessoas que não apresentam sintomas e não sabem que estão infectadas. Por isso, nenhum cuidado é exagero, pois o contágio do vírus causador da epidemia é dúbio e arriscado. Sendo assim, procuro me cercar de todas as precauções. Diante do exposto, a pandemia de gripe do coronavírus impôs algumas alterações na minha rotina. Duas vezes por semana, às segundas e terças-feiras, participo das ações de combate e verificação de casos suspeitos no Comitê de Saúde, que ocorrem no Centro de Saúde, em prol dos pacientes que apresentarem sintomas suspeitos de Covid-19, como febre, tosse e estado gripal. Lembrando que apenas são encaminhados para a central do Comitê os pacientes que apresentem no mínimo dois sintomas relacionados à doença. Tirante isto, nos demais dias da semana, trabalho no PSF 2, com todo o aparato de proteção individual necessário ao meu resguardo pessoal. No final da tarde, volto para casa, faço todo o processo de higienização que descrevi anteriormente e vou buscar meu filho na casa dos meus pais, pois as atividades escolares estão suspensas e lá sei que ele está seguro, visto que meus progenitores são responsáveis, não saem de casa e seguem regularmente as orientações que transmito. Nessas horas, cuidar do outro significa também cuidar de nós. Fique em casa!

 Elder – Como o coronavírus tem um elevado poder de transmissão, sim, temos que praticamente viver em quarentena mesmo não estando infectados. Isso para preservar nossa família. É um aspecto muito difícil da pandemia, pois não podemos sequer abraçar e beijar nossos amados filhos – eu tenho dois, sendo um de nove e um de sete anos. Mesmo as crianças não apresentando sintomas ou apresentando sintomas leves, temos que ter a responsabilidade de não aumentar a transmissão, pois as mesmas podem transmitir para os idosos. Mais é um aspecto muito difícil de lidar, muito triste.

Luciane – Sim, nós estamos isolados da nossa família, alem do medo de contágio, temos o medo de contaminá–los, então acabamos nos isolando em nossa própria residência, não visitamos mais nossos familiares. Neste momento estamos dedicados apenas no nosso trabalho. A cada dia é um novo desafio, cada paciente um atendimento diferente, uma necessidade diferente, todos os dias chegam novas informações, pois tudo é ainda muito novo, mas temos determinação e certeza que logo passará.

Marina: Muitos profissionais se afastaram de seus familiares, principalmente, os do grupo de risco e os idosos do seu convívio pessoal, tarefa essa muito difícil, pois em um momento tão complicado afastar-se dos seus é muito doloroso. Os maiores medos e desafios em sua maioria, prima em poder ser a possível fonte de contaminação para entes queridos, pois muitos profissionais são mães e pais, filhos e filhas. Além de ter outro desafio como o de lutar contra um inimigo que pouco conhecemos e sabemos, tudo ainda é muito novo, então aprendemos todos os dias, uma força tarefa é realizada conjuntamente com diversos profissionais e diversos setores, pois toda ajuda é valida e tem que ser ouvida.

 

Candeia – Bariri está no caminho certo para barrar o avanço do coronavírus? O que mais pode ser realizado?

 Angélica – O primeiro e mais sólido indicador de que Bariri está no caminho certo para conter o avanço do vírus é o decreto municipal que proíbe as aglomerações em locais públicos, como também determina que os estabelecimentos comerciais e serviços, exceto aqueles que sejam essenciais, permaneçam fechados, porque a atividade e o funcionamento típicos desses lugares, nesta fase em que estamos, manteria o contato em massa, ou seja, reforçaria a maior forma de transmissibilidade do coronavírus entre os cidadãos. Porém, infelizmente e apesar desta medida que veio alinhada com a determinação do Governo Estadual, ainda há pessoas que burlam o teor do decreto municipal e ficam expostas nas ruas, inclusive idosos, os quais são justamente o grupo de maior risco de contrair o vírus. Nesse sentido, é válido enfatizar que as pessoas devem permanecer em casa, para manter o período estável em que o município se encontra em termos de transmissão. Mas, por outro lado, estamos entrando em um pico de sazonalidade, muito comum nesta época do ano, em que crianças e adultos demonstram uma preocupação natural com gripes e resfriados, e que vem sendo potencializada com a presença do novo coronavírus no Brasil. Logo, estaremos no inverno e, durante essa estação, a propagação de doenças costuma ser mais intensa, sobretudo no caso da Covid- 19 que se torna mais perigosa. Além disso, outras enfermidades respiratórias e de origem alérgica (como asma, bronquite, tosses e rinite) apresentam sintomas, mas que não devem ser confundidos com os que estejam relacionados com a Covid-19. É muito comum as pessoas se confundirem e entrarem num estado de alerta infundado. Por isso, se o indivíduo respeitou o distanciamento social e continuou em casa, não há motivo para entrar em pânico, pois uma simples tosse, por exemplo, não atesta que o paciente é portador do vírus. Em alguns casos, poderá ser por outra razão ou até mesmo uma cisma de ordem psicológica. Enfim, é importante destacar que o isolamento é de extrema necessidade neste período para conter a curva de avanço do vírus, já que não dispomos ainda de vacina ou medicação específica. O município, em termos de recursos humanos, está oferecendo a equipe de saúde para trabalhar em conjunto nesse momento crítico, apesar de alguns membros estarem afastados. Desse modo, asseguramos que a equipe está trabalhando empenhada e com boa vontade para conservar a estabilidade das contaminações, bem como evitar que aumentem e causem um colapso no sistema de saúde. Em paralelo a isso, aguardamos o desenrolar dos acontecimentos para atuar de forma pontual e atender os casos que forem confirmados.

Elder – Sim, Bariri está no caminho certo. O prefeito Neto Leoni tomando todas as medidas possíveis e necessárias. Dr. Gallo e toda equipe de sáude se empenhando ao máximo. E a população, dentro do possível, está ficando em casa, em isolamento social. Tenho certeza que num momento difícil que estamos enfrentando, todas as pessoas envolvidas na organização e no atendimento aos pacientes, sempre dão o seu melhor. Com relação ao que mais pode ser realizado, gostaria de me referir não somente a Bariri, mas ao país inteiro. As autoridades competentes devem investir mais na área da saúde, seja na recuperação das Santas Casas, no reajuste da tabela SUS, no repasse maior de verbas e também na melhora do piso salarial dos profissionais da saúde. É inadmissível uma Santa Casa, ter que se desdobrar para cobrir os gastos mensais, já que o dinheiro repassado pelo governo não cobre os custos. É inadmissível vermos hospitais sucateados pelo Brasil todo. Chega, não dá mais para ser desta forma e essa pandemia serviu para mostrar ao mundo todo que a área da saúde tem que ser levada mais a sério por todos. Outro ponto fundamental é o investimento em educação (em todos os níveis). Somente assim formaremos profissionais mais capacitados e aptos a enfrentar momentos como o que vivemos. Também se deve investir mais em pesquisa, sem medir esforços. Nós, da saúde, cuidamos dos pacientes com covid-19, mas estamos na dependência da ciência, na formulação de medicamentos e vacinas e, desta forma, acabar com esse sofrimento mundial. Para finalizar, o ser humano deve passar a respeitar mais nosso planeta e a natureza. Respeitar e viver segundo os princípios de Deus, independentemente da religião a que cada um pertence. Creio que esta pandemia mostre a homem que deve olhar mais para seu interior e descobrir o que realmente importa nessa vida, que no caso não é somente o ter, como a sociedade atual prega.

Luciane – Sim, está no caminho certo, é um trabalho de formiguinha, mas a equipe da Saúde, tanto da Santa Casa como da prefeitura, está unida, foram feitos cartazes com informações que foram disponibilizados pela prefeitura para a população. Porém, dependemos da conscientização da população, se mantendo em quarentena, evitando sair de casa, evitando aglomerações.

Marina: Acredito que Bariri enfrenta diversos desafios diante do avanço do coronavirus, assim como outros municípios, estados e países, não é uma “guerra” de um só, não é um enfrentamento de somente um município, Estado ou região, assim como não é um enfrentamento somente de nós, profissionais da saúde, mas sim de todos. Todos apresentam deveres e obrigações diante desta pandemia que assola a todos sem distinção, é hora de união e força para poder combatê-la com a maior eficácia encontrada. Contudo inúmeros protocolos, fluxogramas, compras de insumos e materiais etc., estão sendo realizados com muito empenho e cuidado para que possamos enfrentar da melhor maneira possível esse momento de crise. Portanto acredito sim que estamos no caminho certo e ainda há muito o que fazer, mas existem contratempos como, por exemplo, o desafio em conseguir alguns equipamentos imprescindíveis e que não dependem de nossos esforços para consegui-los, mas sim que o país passa pela mesma busca e por isso não se encontra em produção necessária devida à grande procura.  E finalizando, como profissional da saúde e da atenção básica, falo em nome de todos que nós, nos colocamos à disposição e firmamos o compromisso moral e ético com a população de nosso município, assim como a imprensa, que apresenta um papel fundamental e de importância indubitável nessa batalha, e que juntos e unidos há esperança, mas que não pode ser do verbo esperar. E em especial a nossa população, quem puder fique em casa!

Conheça os entrevistados

Angélica Fanti Moço atua na área da saúde há 16 anos. Iniciou o trabalho em 2003 na Santa Casa de Bariri como auxiliar de enfermagem e durante esse período já cursava faculdade de enfermagem. Formou-se em 2005 e desde 2007 presta serviço como enfermeira na prefeitura. Foi responsável pelo Centro de Diagnose e Especialidades e diretora da Saúde e hoje é responsável pelo ESF 2.

Elder Luis Piton Contarteze é nascido em Bariri e tem 43 anos. É graduado em fisioterapia com pós-graduação em fisioterapia ortopédica, acupuntura e terapia intensiva. Atua como supervisor da equipe de fisioterapia e fisioterapeuta intensivista (UTI Adultos) da Santa Casa de Jaú desde 2004, como fisioterapeuta na prefeitura de Jaú dede 2009 e “home care” em Bariri em acupuntura e fisioterapia em reabilitação vestibular (labirintite).

Luciane Correa Machado é nascida em São Paulo e tem 37 anos. É graduada em enfermagem, propaganda e marketing e mestranda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp). Além de coordenadora de enfermagem da Santa Casa de Bariri, atua como enfermeira do acolhimento no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú.

Marina Prearo tem 30 anos, é baririense e mestre em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), especialista em UTI, urgência e emergência, centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica e central de material e esterilização. enfermeira responsável pelo Departamento de Regulação Avaliação e Controle dos Serviços de Saúde e enfermeira do ambulatório de enfrentamento ao Corona Vírus.