Composição 1_1
Composição 1_1

“Que a partir da próxima legislatura, em janeiro de 2025, haja esforços em comum para menos conflitos e mais discussão de projetos e ações concretas”

Não é de hoje que impera certa tensão na relação entre Executivo e Legislativo em Bariri. Essa situação fica clara especialmente nas sessões camarárias e nas publicações nas redes sociais.
Aliás, a própria divulgação das sessões pelo Facebook, Youtube e outras ferramentas tecnológicas permitiu elevar o nível de embate entre os dois poderes.
No atual momento, o único vereador que tece algum comentário mais elogioso ao governo municipal é Paulo Grigolin (MDB). Os demais ou silenciam ou fazem críticas ao Executivo.
Como os vereadores se posicionam, especialmente com microfone em punho, o discurso deles acaba prevalecendo.
E a administração municipal tem dificuldades em colocar seu ponto de vista, tanto por meio de representantes na Casa de Leis ou pela utilização de canais próprios do governo, como página eletrônica, Facebook e outros. Se existe discordância com o que é dito no plenário, cadê a argumentação do outro lado? Não que seja preciso “correr atrás” dos vereadores, mas em alguns casos há necessidade de posicionamento.
O problema todo começa com a falta de articulação da prefeitura com a Câmara. Projetos mais polêmicos por vezes não são discutidos antes. Resultado: chovem críticas durante as sessões camarárias, como ocorreu na segunda-feira (20) com projeto para prorrogar por mais 180 dias a concessão de uso à empresa Ismael Sabino Viana & Cia Confecções Ltda.
Outra situação frequente em Bariri é que a prefeitura tem se negado em cumprir na íntegra leis municipais aprovadas no Legislativo e dar respostas mais completas a requerimentos, mesmo que isso demande tempo. E isso não é de hoje. O vereador Leandro Gonzalez, por exemplo, já acionou o Ministério Público várias vezes com representações.
Se o Executivo tem alguma dificuldade para colocar as leis em prática, isso precisa ser comunicado à Câmara e à sociedade em geral.
Com a aproximação do período eleitoral as tensões devem aumentar, inclusive entre os membros da câmara.
Determinadas situações muitas vezes poderiam ser resolvidas com diálogo prévio. Só que hoje o que se vê são os dois lados sem disposição para isso. Esse clima de beligerância acaba estimulando algumas pessoas a tecer comentários em redes sociais, muitas vezes com discursos de ódio e sem qualquer crítica contributiva.
Para quem não está envolvido nessas disputas (a maioria da população) o que realmente importa é que haja discussão dos problemas da cidade, que não são poucos.
Talvez até o fim deste ano não haja avanços nesse sentido, mas que a partir da próxima legislatura, em janeiro de 2025, haja esforços em comum para menos conflitos e mais discussão de projetos e ações concretas.