Entre 2017 e 2021 foram abertas em Bariri 538 empresas e encerradas 293, com saldo positivo de 245 (confira no quadro). Os números foram disponibilizados pela Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) a pedido do Candeia.
Desse período de cinco anos, os dois em que houve maior número de firmas constituídas no município foram 2020 e 2021, justamente os anos fortemente marcados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Para José Roberto Dalla Coletta, economista e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Bariri (Acib), a constituição de mais empresas pode ter relação direta com a pandemia.
“O aumento de abertura de empresas em 2020 e 2021 deve-se possivelmente às pessoas que perderam seus empregos e decidiram optar por empreender”, comenta ele. “Com a extinção de empresas pode ter havido a oportunidade para que outras pessoas pudessem ocupar o espaço deixado, dentro da sua especialidade ou expertise.”
Outro fator que pode ter influenciado na abertura de empresas em Bariri foi a parceria entre a Acib, a prefeitura de Bariri e o Sebrae na abertura do Sebrae Aqui, inaugurado em março de 2018. Com a abertura do serviço no município muitos atendimentos foram feitos na sede da Acib, onde está instalado o Sebrae Aqui.
Comércio
A maioria das empresas criadas em Bariri entre 2017 e 2021 foi ligada ao setor comercial. De acordo com a Jucesp, a atividade econômica que lidera tanto a constituição quanto a baixa de empresas em Bariri é o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.
No ano passado, por exemplo, mais de um terço das firmas abertas no município foram desse segmento (veja quadro). No caso de baixa, o montante passou de 44%.
Outros setores de destaque são saúde humana e serviços sociais, atividades profissionais, científicas e técnicas, indústria de transformação, transporte, armazenagem e correio e atividades administrativas.
Roberto Coletta observa que em 2019 Bariri registrou mais baixas que abertura de empresas nos setores industrial (saldo negativo de 9) e comercial (saldo negativo de 24).
“Os números de empresas que deixaram de funcionar em 2018 foram significativos, tendo em vista que as estimativas para o desempenho do PIB no início do ano indicavam um crescimento de 3%, segundo o boletim Focus”, relata o economista.
“Porém, as expectativas foram se deteriorando e o ano se encerrou com expansão de 1,1%. Como possíveis causas para esse recrudescimento no desempenho do PIB vale citar greve de caminhoneiros, ambiente internacional e incertezas eleitorais”, finaliza Roberto Coletta.
Jucesp
A Jucesp é o órgão responsável pelo registro, fé pública e publicidade dos documentos arquivados pelos empresários, sociedades empresárias e sociedades cooperativas no Estado de São Paulo.
Tem ainda como principais atribuições processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais, além da matrícula e fiscalização de leiloeiros e armazéns gerais.
É subordinada tecnicamente ao Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI, órgão ligado à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.
A junta comercial é um órgão estadual que, em janeiro de 2011, passou a integrar a estrutura da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, com o objetivo de alinhar seu trabalho às políticas públicas de desenvolvimento econômico, desburocratização e incentivo ao empreendedorismo.
Fonte: Jucesp
Alcir Zago