Diariamente, diversos tipos de golpes têm sido aplicados por quadrilhas especializadas. Os estelionatários têm revelado possuir grande conhecimento sobre dados pessoais das vítimas e das empresas, o que tem facilitado a ação hostil.
Apesar da “aparente perfeição”, grande incidência dos golpes ocorre em razão da falta de informação por parte das pessoas ou do excesso de ambição.
“No mundo corporativo recebemos em nosso escritório diversos relatos dos mais variados, a maioria deles através de e-mails que supostamente seriam de órgãos como a Receita Federal. São golpes da malha fina, do CPF bloqueado, da empresa com débitos, do falso APP, compras internacionais, entre outros”, explica o contador Matheus Guermandi Franchin.
O golpe do momento é a tentativa de fraude com boletos bancários com os suados tributos. Golpistas conseguem os dados da empresa, como CNPJ e endereço, e enviam geralmente uma guia do Darf (Documento de Arrecadação da Receita Federal) por meio do e-mail, informando que se trata de uma regularização ou ainda como se fosse o imposto do mês.
Ocorre que no documento de órgãos do governo, como da Receita Federal, a numeração do boleto começa com 8. Neste caso do golpe os números são iniciados com outros numerais, o que significa que se trata de um boleto bancário e no caso do pagamento o dinheiro entra na conta do fraudador.
Dicas
Desconfie sempre de qualquer e-mail da Receita Federal que não contenha “@RFB.GOV.BR”, mesmo mensagens por WhatsApp, SMS e sites estranhos.
Desconfie de e-mails ou mensagens de origem desconhecida que solicitam informações pessoais, especialmente relacionadas à declaração do Imposto de Renda
Nunca clique em links suspeitos ou desconhecidos, pois podem direcioná-lo a sites maliciosos ou baixar programas prejudiciais em seu dispositivo.
Não abra arquivos anexados, pois normalmente são programas executáveis que podem causar danos ao computador ou capturar informações confidenciais do usuário.
Verifique sempre a autenticidade das comunicações que parecem ser da Receita Federal. Lembre-se de que a instituição utiliza principalmente o Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) e o site institucional como canais seguros de comunicação.
A Receita Federal nunca liga ou manda mensagens para cobrar pagamento para liberar mercadorias.
Qualquer pagamento para a Receita Federal é realizado somente por DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
Não existe pagamento por depósito ou transferência em conta corrente para a Receita Federal.
Se a encomenda chegou pelos Correios, a emissão do boleto para pagamento é realizada somente por meio da plataforma “Minhas Importações” no site dos próprios Correios, ou em seu aplicativo.
Os débitos referentes a impostos devidos em Encomendas Internacionais não são “negativados” em instituições como SPC ou SERASA.
Caso ocorra tentativa de fraude ou extorsão, procure a Delegacia de Polícia Civil para fazer a denúncia.