
“Vereadores que pensam na disputa devem fazer arranjos político-partidários de olho no pleito de outubro a fim de formar grupos e chapas para os cargos majoritário (prefeito e vice) e proporcional (vereador)”
A Câmara de Bariri realizou na segunda-feira (4) a última sessão ordinária de 2023. Desde o início do ano a presidência do Legislativo está a cargo do vereador Airton Luis Pegoraro (MDB), entrevistado do Candeia na presente edição.
O ano foi marcado por intensas críticas ao governo do então prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB). Os pontos positivos da administração municipal ficaram em segundo plano, mesmo por vereadores próximos do chefe do Executivo.
Além disso, foram protocolados dois pedidos de cassação do mandato de Abelardo. No primeiro deles, no início de março, houve arquivamento porque quatro vereadores votaram contra o recebimento da denúncia.
Já o segundo pedido resultou na cassação do mandato de Abelardo. A principal diferença entre eles é que o protocolado por Gilson de Souza Carvalho ocorreu após atentado contra o empresário Fábio Yang e a prisão de pessoas próximas ao prefeito. O efeito disso tudo pesou contra Abelardo.
Outro ponto relacionado à Câmara é a possibilidade de encaminhar recursos via emendas impositivas. Nesta edição há matéria detalhando o valor que cada entidade, unidade escolar ou órgão de governo irá receber no ano que vem, num total de R$ 2,9 milhões. O Legislativo acabou ganhando um protagonismo maior por poder manejar parte do orçamento.
Em geral, na atual legislatura não há embates entre os vereadores, pelo menos durante as sessões. Nos bastidores as rusgas e divergências até ocorrem.
Para o ano que vem (ano eleitoral) as reuniões legislativas devem mudar de tom. Primeiro, porque o alvo pode não ser o atual prefeito, Luis Fernando Foloni (MDB), como ocorreu em nos últimos três anos. Fernando tem outro perfil de governar, ouvindo mais e chamando os vereadores para conversar antes de encaminhar projetos. Prova disso foi a aprovação de projetos que criaram cargos e aumentou o IPTU na sessão de 4 de dezembro.
O segundo aspecto é que os vereadores que pensam na disputa devem fazer arranjos político-partidários de olho no pleito de outubro a fim de formar grupos e chapas para os cargos majoritário (prefeito e vice) e proporcional (vereador).
Com a abertura da janela partidária (entre março e abril) vereadores devem trocar de legenda sem o risco de perderem a cadeira. Conforme a movimentação das peças, podem ocorrer embates públicos entre os atuais legisladores. É aguardar a retomada das sessões e a abertura e fechamento da janela partidária.