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Estatisticamente, é um aumento de 31% em relação à média histórica, e 13,7% em relação ao cálculo de 2019 – Divulgação

Com a pandemia da Covid-19, o Brasil atingiu o recorde de mortalidade desde o início da série “Estatísticas do Registro Civil”, criada em 2003. Ao total, 1.498.910 pessoas morreram entre março de 2020 e fevereiro de 2021, de acordo com dados dos Cartórios de Registro Civil do país, disponibilizados no Portal de Transparência do Registro Civil.
Os números compõem duro contraste com a realidade do ano anterior. Estatisticamente, é um aumento de 31% em relação à média histórica, e 13,7% em relação ao cálculo de 2019. Dentro dos 31%, repousam 355.455 vidas brasileiras.
Grande vítima da sobrecarga da rede hospitalar e insuficiência administrativa demonstrada pela crise de oxigênio, a região norte foi a mais agravada. Só o estado do Amazonas enfrentou crescimento de 86,8%. Outros destaques pelo Brasil são Espírito Santo (42,8%), Santa Catarina (36,4%)e Maranhão (33,3%).
O levantamento chega em meio à campanha vagarosa de vacinação nacional, e logo após o mês mais letal da pandemia — coincidentemente, o mais curto do ano. Fevereiro contou com 119.335 mortes ao longo de seus 28 dias, e os números ainda podem aumentar, já que os prazos para registro preveem intervalo de até 15 dias entre falecimento e lançamento de registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados adotaram expansão de prazo para comunicação de registro em razão da situação emergencial.
“Poder disponibilizar em tempo real estas estatísticas, em um momento tão delicado, para que a sociedade possa se informar, tem sido um trabalho diferenciado” diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que administra o portal.

Fonte: Conjur- Consultor Jurídico