
Igreja Matriz de Bariri: 19.563 moradores de Bariri de 10 anos ou mais são católicos, segundo o Censo de 2022 (Divulgação)
Em Bariri, 19.563 (70,22%) dos moradores são católicos. Os evangélicos somam 6.676 pessoas (23,96%). Demais religiões concentram 712 pessoas, sendo 340 delas espírita. O número de quem declarou sem religião foi de 909 (3,26%).
As informações são do Censo Demográfico 2022: Religiões: Resultados preliminares da amostra, divulgado no dia 6 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em Boraceia, são 2.539 católicos (62,26%), 1.207 evangélicos (29,60%), 172 de outras religiões e 153 sem religião.
Em Itaju o número de católicos é menor: 1.761 (56,19%). Em seguida vêm os evangélicos, com 748 habitantes (23,87%), seguidos de 501 pessoas de outras religiões e 125 sem religião.
Em nível nacional, o levantamento mostra que o catolicismo segue como a religião com mais adeptos no Brasil, presente como grupo majoritário em mais de 5 mil municípios. No entanto, a proporção de católicos caiu ao menor nível da série histórica: 56,7% da população em 2022, contra 99,7% em 1872.
O catolicismo apostólico romano, que em 2010 concentrava 65,1% (105,4 milhões) da população de 10 anos ou mais, passou a representar 56,7% (100,2 milhões) em 2022, uma redução de 8,4 pontos percentuais.
A proporção de evangélicos continua aumentando no país: passaram de 21,6% da população em 2010 para 26,9% em 2022 — um crescimento de 5,2 pontos percentuais em 12 anos.
“Em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo”, comenta a analista responsável pelo tema, Maria Goreth Santos, referindo-se ao primeiro Censo.
“Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade”, explica Maria Goreth. “Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”.
Hoje, as informações sobre religião no Brasil contemplam variados grupos e subgrupos. “As transformações sociais têm resultado em modificações na metodologia do Censo ao longo de todas essas décadas. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória e incorporação de novas declarações religiosas foram sendo necessários para retratar a diversidade religiosa no Brasil da forma mais fidedigna possível”, afirma Maria Goreth.