
Sessão em Jaú aprovou a abertura da CP e definiu seus membros (Divulgação)
A Câmara Municipal de Jaú aprovou, na sessão de segunda-feira (9), a abertura de uma Comissão Processante (CP) por suposta quebra de decoro contra os vereadores José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Mateus Turini (PDT), que estão afastados dos cargos por decisão judicial desde o dia 5 de julho, no âmbito de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O grupo tem prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos.
O pedido de cassação dos mandatos dos três parlamentares foi feito por um munícipe e aprovado pela maioria. Apenas Fábio da Saúde e Fernando Barbieri, respectivamente suplentes dos vereadores Borgo e Turini, votaram contra o requerimento. O presidente da Casa, Luiz Maurilio Moretti (União Brasil), só votaria em caso de empate.
Após a aprovação das CP, um sorteio definiu a composição do grupo, com Marcos Brasil Despachante (União Brasil) como presidente; Chico Quevedo (União Brasil) relator e Willian Oliveira (Avante) membro. Agora, a Comissão tem cinco dias para iniciar os trabalhos, que devem ser concluídos no prazo de 90 dias a partir da intimação dos citados.
Operação
A Operação Terra Roxa cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em locais ligados a uma possível organização criminosa. As diligências reuniram nove promotores, 15 servidores do MP e cerca de 80 policiais militares, integrantes do 13.º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (13.º Baep) e também Força Tática.
As diligências apontaram para suposta prática de crimes como corrupções ativa e passiva, falsificação de documentos públicos, adulteração de sistemas de informações da Administração Pública e sonegação fiscal, com o objetivo de facilitar negócios empresariais possivelmente espúrios e conduzidos por integrantes de um grupo econômico.
Na ocasião, três membros do Poder Legislativo de Jaú – José Carlos Borgo (PDT), Luiz Henrique Chupeta (PP) e Mateus Turini (PDT) -, além de dois servidores da prefeitura, que não tiveram seus nomes divulgados, foram suspensos de suas atividades. Houve, ainda, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão a nove dos investigados.
No último dia 6 o MP informou em sua página oficial, e também por meio de nota à imprensa, que um dos vereadores afastados do cargo em Jaú teve seu pedido de recondução à função negado pelo Tribunal de Justiça (TJ). O nome do parlamentar não foi informado. (Fonte: JCNet)