
A partir da esq., Ivani, Myrella e Leandro: pedido de Processante recebeu o voto de seis vereadores (Alcir Zago/Candeia)
Por seis votos contra três, a Câmara de Bariri aprovou pedido de Comissão Processante (CP) feito pela funcionária pública municipal Valentina Fátima João Navarro requerendo a cassação do mandato da vereadora Myrella Soares da Silva (União Brasil).
Votaram pela instauração do procedimento no Legislativo os vereadores Aline Mazo Prearo (Republicanos), Daniel de Oliveira Rodrigues (PP), Gilson de Souza Carvalho (PSB), Laudenir Leonel de Souza (PL), Ricardo Prearo (PSD) e Roni Paulo Romão (PL).
Foram contrários ao pedido os vereadores Francisco Leandro Gonzalez (Avante), Ivani Maria de Carvalho (União Brasil) e Rubens Pereira dos Santos (PSD).
Ivani pediu exoneração do cargo de diretora municipal de Administração nesta segunda-feira (22) para participar apenas da votação do pedido de abertura ou não da CP. Ela é primeira suplente do União Brasil. Pelo fato de ter sido denunciada, Myrella não votou.
Em seguida, houve sorteio dos vereadores para compor a CP: Leandro Gonzalez é o presidente; Aline é a relatora; e Rubens é membro.
Agora, Myrella terá prazo para apresentação de defesa, seguida de parecer da comissão. Em seguida, a Câmara irá votar se dá continuidade à apuração ou arquiva a denúncia.
A Procuradoria Jurídica da Câmara de Bariri opinou pelo não recebimento da denúncia pelo fato de não ter preenchido todos os requisitos legais.
Pedido
No pedido de CP encaminhado à Câmara, Valentina cita que “embora a vereadora denunciada não tenha sido formalmente nomeada para cargo comissionado ou gratificado, verifica-se que, na prática, ela desempenha atividades típicas de chefia, direção e assessoramento na Diretoria de Saúde do município”.
Aponta, também, que era comum ver Myrella ao lado da então diretora de Saúde, Ana Paula Rodrigues de Arruda Falcão, agindo na formulação de políticas públicas.
Outros apontamentos no pedido de CP são que desde o início deste ano Myrella passou a receber valores expressivos com horas extras e teria feito indicações para servidores atuarem na unidade local do Poupatempo.
O mesmo teor da denúncia chegou ao Ministério Público (MP), que decidiu pelo arquivamento da representação.