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Promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior: perícia comprova participação de empresário em fraudes (Divulgação)

O promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior manifestou-se na ação civil por supostos atos de improbidade em face da empresa Latina Ambiental Ltda. do dono da firma, Paulo Ricardo Barboza, do prefeito de Itaju, Jerri de Souza Neiva, e de servidores da Prefeitura de Itaju.
O documento rebate contestação feita pela defesa da Latina e de Paulo Ricardo no processo.
Conforme aponta Febraio Junior, o MP não imputa ao empresário a elaboração de documentos licitatórios com suposições. “O Ministério Público imputa com certeza pericial, porquanto as extrações dos eletrônicos confirmaram que foi, de fato, Paulo, quem elaborou toda fraude”, afirma o promotor de Justiça.
“Foi dos computadores de Paulo que partiram os documentos. Eles foram criados por Paulo. Foram enviados por Paulo. E tudo isso é extraído de uma certeza pericial decorrente dos computadores apreendidos com Paulo que, em seus metadados dos arquivos confirmam o quanto afirmado.”
A investigação da Promotoria da Justiça apontou que o empresário elaborava as licitações em conjunto com agentes públicos.
O MP rebate a defesa em relação a links que estariam inacessíveis. A informação é que os links foram testados e estão em funcionamento e processamento.
Outro ponto é que é descabida a alegação de remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo por envolver investigação contra prefeito. Segundo o MP, não existe foro por prerrogativa de função em casos de ações de improbidade.

Diálogos

Ainda na manifestação ao Judiciário, Febraio Junior inclui extenso rol de diálogos extraídos de equipamentos eletrônicos apreendidos com o ex-diretor municipal de Obras Giuliano Griso.
Conforme o MP, os conteúdos não se referem a novas provas, mas dizem respeito a temas relevantes ao caso pela Promotoria de Justiça.
Há informações nos autos de que Griso tentou ocultar inúmeras provas, com tentativas de excluir arquivos e conversas de seu envolvimento na fraude licitatória, no entanto, há elementos que apontam para participação do ex-diretor na fraude.
Na apuração feita pelo promotor de Justiça, Griso recebeu o material fraudado de Flávio Muniz Dalla Colleta (ex-diretor) a pedido de Paulo Ricardo. O posterior pedido de licitação teria contado também com a participação do empresário Abilio Giacon Neto e aval do então prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho.
Num desses diálogos, em fevereiro de 2021, Griso teria encaminhado áudio para Abelardo, relatando que estava em reunião com outra pessoa e que iriam “moer o China”, numa referência ao empresário Fábio Yang, vítima de atentado e roubo em junho de 2023.