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“Atualmente, o Saemba enfrenta dificuldades financeiras, não conseguindo a realização de novos investimentos e melhorias no serviço” (Divulgação)
O superintendente do Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba), Ricardo Pascoalin Maccorin, afirma que a tarifa de água e esgoto deve ser de no mínimo R$ 37,95. As dificuldades financeiras da autarquia foram objeto de coletiva de imprensa realizada no dia 16 de janeiro. Ele conta que há estudo para definição do valor do reajuste e a partir de que data será cobrado. Hoje, a tarifa mínima de água e esgoto em Bariri é de R$ 27,11. Caso o montante de R$ 37,95 seja definido, o reajuste será de 40%. Na entrevista ao Candeia, Ricardo Maccorin comenta também sobre as dívidas do Saemba e as medidas tomadas para pagamento delas e recebimento de débitos junto a consumidores. Ele é engenheiro civil e engenheiro de segurança do trabalho, com experiência em obras industriais e obras públicas. Ao longo da sua trajetória profissional, atuou no planejamento, execução e fiscalização de projetos. Além disso, entre 2018 e 2020 exerceu o cargo de diretor Municipal de Infraestrutura.
Candeia – Qual a situação financeira do Saemba na atualidade?
Ricardo Maccorin – Atualmente, o Saemba enfrenta dificuldades financeiras, não conseguindo a realização de novos investimentos e melhorias no serviço. Reconhecemos esses desafios e estamos buscando soluções viáveis para superar este momento crítico, priorizando a eficiência na gestão e o atendimento às necessidades da população.
Candeia – O maior déficit diz respeito à dívida com a CPFL? Qual o montante e como será quitado esse débito?
Ricardo Maccorin – A dívida do Saemba com a CPFL é de aproximadamente R$ 807 mil. Desse total, uma parcela de R$ 228 mil, referente ao mês de novembro, será quitada no dia 7 de fevereiro. Quanto ao restante do montante, conseguimos fazer um novo acordo, com prazos estendidos para facilitar o pagamento.
Candeia – Há outras pendências da autarquia de grande valor? Quais?
Ricardo Maccorin – O Saemba realiza, anualmente, o pagamento de um valor ao DAEE, atualmente denominado SP Águas, referente à utilização dos recursos hídricos sob domínio do Estado de São Paulo. O valor correspondente ao ano de 2024, que totalizava R$ 423.725,18, não foi quitado dentro do prazo. Com isso, houve um reajuste. Para regularizar a situação já realizamos uma renegociação, e o pagamento será efetuado em um prazo de 30 meses.
Candeia – Em coletiva de imprensa, o senhor relatou que o Saemba tem R$ 2,5 milhões inscritos em dívida ativa. Como a autarquia irá proceder para o recebimento desse montante? A adoção de Refis é estudada?
Ricardo Maccorin – Estamos intensificando o corte de água na cidade e tomando as medidas necessárias para a execução de dívidas em aberto, com o objetivo de garantir o recebimento dos valores pendentes. Além disso, estamos convocando a população para comparecer ao Saemba e negociar um acordo, evitando cortes futuros.
Informamos também que estamos organizando um programa de Refis (Recuperação Fiscal), cuja data de início será divulgada em breve. Contamos com a colaboração de todos para regularizar suas situações e assegurar a continuidade dos serviços.
Candeia – Já houve definição do valor da tarifa de água e esgoto para 2025? Quando a nova tarifa começará a ser cobrada?
Ricardo Maccorin – Para que o Saemba consiga manter a saúde financeira e continuar investindo, o valor mínimo estimado seria de R$ 37,95. Ainda estamos avaliando quando o reajuste será feito.
Candeia – Em relação a obras e investimentos, quais as prioridades do Saemba?
Ricardo Maccorin – Num primeiro momento é necessário investir em equipamentos e mão de obra. Com a atual situação está inviável atender toda a cidade de uma maneira rápida e eficiente.
Candeia – Há uma reclamação de que os reparos em vias públicas feitos pelo Saemba costumam demorar a ser consertados. Como agilizar esse serviço?
Ricardo Maccorin – É verdade que atualmente a eficiência e a agilidade nos reparos em vias públicas realizados pelo Saemba não estão no nível ideal. No entanto, com investimentos em equipamentos e mão de obra é possível tornar o serviço mais eficiente, reduzindo os tempos de resposta e garantindo uma solução mais rápida para a população.