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‘Cultura tem que ser vista como desenvolvimento’

7 dez, 2018

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Ricardo Fernandes Rodrigues

“Quando o agente cultural é organizado pode lançar mão de outros meios de financiamentos e acessar outros fundos disponíveis pelo Estado”

O professor, cineasta e presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Ricardo Fernandes Rodrigues, diz que é possível superar a falta de recursos do orçamento municipal para o desenvolvimento da cultura. “O que experimentamos é que quando o agente cultural é organizado pode lançar mão de outros meios de financiamentos e acessar outros fundos disponíveis pelo Estado como os editais de prêmio, editais de leis de incentivo e outros editais de fomento cultural”, afirma ele. Rodrigues cita o exemplo de projetos aprovados em Bariri por meio do ProAC (Programa de Ação Cultural) e Lei Rouanet. O convênio com o ProAC prevê R$ 150 mil do governo estadual, mais R$ 25 mil de contrapartida do município, totalizando R$ 175 mil. O presidente do conselho acredita que o setor cultural pode ser alavancado na cidade. “Ppodemos enxergar que Bariri é um celeiro artístico e de manifestações populares e que se organizarmos, buscarmos os recursos necessários podemos fazermos juntos (sociedade e Setor de Cultura) um polo de desenvolvimento através da economia criativa”, ressalta Rodrigues.

 

Candeia – Que análise o senhor faz do fórum cultural “Bariri, a criativa do Vale”? Quais as principais decisões tomadas até o momento?

Rodrigues – O fórum teve o objetivo de divulgar o edital e orientar os agentes culturais do município sobre dúvidas referentes ao programa de fomento, além de anunciar o cronograma de cursos de capacitação para o período de inscrições. Foram tiradas muitas dúvidas acerca do projeto, muitos agentes que participaram do fórum nunca realizaram projeto e o interesse em participar deste edital levou informações, debates, propostas para melhorar, viabilizar as propostas dos interessados e cenário atual para manifestações culturais. A principal decisão tomada foi disseminar informações, atrair o maior número possível de agentes culturais para as oficinas de capacitação para propostas culturais.

 

Candeia – Como foram escolhidos os temas das oficinas e como está a participação da comunidade?

Rodrigues – Foram elaboradas a partir dos dados extraídos da Conferência Municipal de Cultura de 2017 e da apuração dos membros do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). Foi aberto edital de credenciamento para processo de seleção de seis oficinas nos seguintes temas: elaboração de projetos; planejamento e gestão; economia criativa; inovação e empreendedorismo; formas de financiamento à cultura; e aspectos legais e contábeis e prestação de contas para que o Setor de Cultura contrate as oficinas e os oficineiros. Três dessas oficinas são para a preparação e elaboração dos projetos. Três dessas oficinas acontecerão durante o acompanhamento dos projetos. A expectativa de participação é de preencher, atingir todas as categorias proposta no edital. A procura no setor de cultura tem se intensificado; agora, a apresentação das propostas ainda é baixa.

 

Candeia – Há estimativa de quando os projetos selecionados no ProAC Municípios começam a ser oferecidos ao público?

Rodrigues – As inscrições para os projetos devem sair em breve; o edital prevê que durante as oficinas de capacitação possam ser abertas as inscrições. São 21 projetos apoiados que serão selecionados de acordo com categorias diversificadas, elaboradas a partir dos dados também extraídos da Conferência Municipal de Cultura de 2017 e da apuração dos membros do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). São dois espetáculos no coreto de R$ 7.000,00, cinco espetáculos em praças públicas de R$ 8.600,00, duas ações literárias de R$ 7.500,00, dois blocos de carnaval de R$ 7.500,00, dois projetos de audiovisual de R$ 7.500,00, um de festejos tradicionais de R$ 16.000,00. dois de cultura de rua de R$ 8.000,00, três de cultura tradicional e patrimônio cultural de R$ 9.000.00 e dois projetos de artesanato e artes visuais de R$ 7.000,00.

 

Candeia – O orçamento da prefeitura não reserva grande quantidade de recursos para o setor cultural. Qual a saída para resolver esse impasse?

Rodrigues – Acreditamos que a cultura tem que ser vista como desenvolvimento, economia criativa da cidade, uma economia que está inserida na economia global. O que experimentamos é que quando o agente cultural é organizado pode lançar mão de outros meios de financiamentos e acessar outros fundos disponíveis pelo Estado como os editais de prêmio, editais de leis de incentivo e outros editais de fomento cultural. Podemos trazer recursos para cidade em forma de empreendimentos, geração de emprego e renda. Nós, por exemplo, já temos projetos aprovados para a cidade através de ProAC edital, ProAC-ICMS e Lei Rouanet e estamos buscando parcerias com empresas locais para viabilizarem a maioria dos projetos aprovados para captação de recurso. Portanto, movimentar a economia local, desenvolvimento e economia criativa, isso está acontecendo em muitas cidades e Bariri pode se tornar referência de economia criativa com o tempo. Acredito que cultura não pode ser vista somente como entretenimento, mas cultura como o complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano, expressão de um povo.

 

Candeia – Como está o relacionamento do conselho com o Setor Municipal de Cultura?

Rodrigues – O relacionamento do conselho com o Setor Municipal de Cultura é muito bom. É claro que mudanças trazem desconforto para algumas pessoas e a cultura da cidade está sendo vista como demanda da comunidade, suas expressões, economia criativa e desenvolvimento. Isso não é de fácil compreensão em curto espaço de tempo, mas o que vemos é uma disposição em se organizar e trazer o maior número possível de agentes culturais e formadores de opinião para transformar esse estado de paralisia e escassez de projetos culturais para a cidade. O que percebemos através do empenho do setor de cultura da cidade é que buscamos os mesmos objetivos de acordo com a realidade e cultura do município. Podemos ajudar a melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

 

Candeia – Qual sua visão sobre o setor cultural em Bariri?

Rodrigues – A minha visão sobre o Setor Cultural em Bariri atual é que existe uma vontade muito grande de que dêem certo as manifestações culturais da cidade. Quando encontrava o chefe do Setor de Cultura, Renato Passos, em reuniões de capacitação em gestão cultural, ficávamos perguntando como seria possível implantar e implementar um projeto de economia criativa na cidade, como aquilo que aprendíamos seria possível. Na época da transição na primeira reunião do CMPC vimos resistência, afinal havia novas realidades para a cultura além de ser somente entretenimento e muitas vezes ser um veículo eleitoreiro. Depois da primeira reunião muita coisa foi lançada no ar, e agora com as informações se decantando podemos enxergar que Bariri é um celeiro artístico e de manifestações populares e que se organizarmos, buscarmos os recursos necessários podemos fazermos juntos (sociedade e Setor de Cultura) um polo de desenvolvimento através da economia criativa. O edital municipal “Bariri, A Criativa do Vale do Tietê” vai nos trazer grandes experiências e capacidade de mapear as possibilidades artísticas locais, levar informação aos agentes culturais e entregar um plano municipal de cultura para o Sistema Municipal de Cultura. Vamos lembrar que precisamos apoiar para que seja aprovada a lei que reestrutura a organização do município, uma delas é a separação da Cultura, Esporte e Educação.

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