Poucas pessoas se dão conta da quantidade de resíduos gerados diariamente numa casa. No dia a dia há plásticos, papel, metal, lixo orgânico etc.
Esporadicamente, outros itens são descartados, quando é feita a poda de uma árvore na calçada ou quando a pessoa está reformando ou construindo uma residência.
Em relação ao primeiro grupo (resíduos domésticos), o custo é alto para os cofres públicos, com o pagamento por três diferentes serviços.
O primeiro deles é a coleta casa a casa de segunda-feira a sábado. A segunda etapa é a operação de transbordo, realizada em área às margens da Rodovia SP-304, entre Bariri e Itaju. O terceiro gasto é relacionado à destinação final dos resíduos.
Vale lembrar que às quartas-feiras é feita a coleta de recicláveis, pela empresa contratada pela prefeitura ou por catadores avulsos.
Quanto aos restos de construção civil e galhos provenientes de podas, até o momento no município o material é destinado a uma área licenciada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ao lado do terreno onde é feito o transbordo do lixo doméstico. Ou seja, da forma como o procedimento é feito, nada é reaproveitado.
A situação deve começar a mudar. Conforme matéria publicada nesta edição, a Prefeitura de Bariri abriu licitação para contratar empresa para operação da área de transbordo e triagem de resíduos inertes e sólidos de construção civil, galhos, troncos e folhas coletados no município.
Entulho e galhos continuarão a ser levados ao local, no entanto, será feita pré-seleção manual dos resíduos. Uma boa parte passará por Usina Móvel de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e poderá ser reaproveitada, por exemplo, em estradas rurais.
São duas usinas pertencentes ao Consorcio Intermunicipal Vales dos Rios Tietê-Paraná (CITP), do qual Bariri faz parte.
Assim que grande quantidade de material for depositada será feito agendamento para uso da usina no município.
Trata-se de um avanço em termos ambientais e econômicos para Bariri. No entanto, o governo atual deve se esforçar para colocar para funcionar aterro sanitário entre Bariri e Bocaina.
A área está localizada na margem direita da estrada vicinal, mede 4,8 hectares e foi adquirida judicialmente pelo município em dezembro de 2010. Passados 15 anos ainda não entrou em operação.
Quando isso ocorrer, Bariri terá economia vultosa com recursos financeiros e reaproveitamento de muitos resíduos deixados em lixeiras no dia a dia.