
Linha de produção da Avícola Prearo: foco no mercado interno reduziu preço das aves (Divulgação)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no dia 15 de maio a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais.
A detecção ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil.
Diante desse cenário, com queda de preços e redução abrupta das exportações, a Avícola Prearo Ltda., de Bariri, manteve a produtividade de aves e o número de empregos.
Ricardo Prearo, um dos proprietários da empresa, explica que a cadeia produtiva da avicultura não permite estocar e, por isso, é um segmento econômico delicado.
As avícolas mantêm frango vivo no campo e aves abatidas em câmaras, mas têm de comercializá-las com certa rapidez.
Com as restrições à importação de carne de aves brasileira adotadas por dezenas de países, o foco do setor é no mercado interno.
Citando a lei da oferta e da procura, Prearo afirma que há muito frango abatido e consumo se mantendo, o que representou queda no preço do produto.
O serviço veterinário oficial concluiu a limpeza e desinfecção da área em Montenegro. Com isso, teve início no dia 22 de maio o período de 28 dias de vazio sanitário, conforme previsto nos protocolos internacionais.
Caso não haja registro de novos focos nesse intervalo, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região.
O empresário baririense acredita que se não ocorrerem novos focos da doença no País em até dois meses as exportações de aves serão retomadas normalmente.
De acordo com o Ministério da Agricultura, mesmo com a presença da gripe viária, o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.