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Aos 95 anos, após anos dedicados ao serviço público e ao voluntariado, Cida Freire vive novas amizades e busca qualidade de vida no Lar Vicentino – Divulgação

Na Semana Nacional do Idoso, o Lar Vicentino de Bariri conta com uma nova e ilustre residente: Conceição Aparecida Rodrigues Freire, a Cida Freire, que aos 95 anos foi morar no local, a partir do mês de julho, em busca de novas amizades e qualidade de vida. “Deixei de lado as preocupações cotidianas para viver essa quarta etapa de minha vida”, diz ela.

Nascida em Bariri, solteira, filha de João Rodrigues Freire e Ida Migliorini Freire, Cida é professora de formação, mas sua atuação profissional de destaque sempre foi como servidora municipal. Hoje, aposentada, ainda se mantém como exemplo de dedicação e eficiência no serviço público.

Na prefeitura de Bariri trabalhou muito tempo como responsável pelo Departamento de Água e Esgoto, cuidando de toda parte burocrática. Vale ressaltar que naquela época, toda a emissão de carnês para pagamento de água ficava sob sua responsabilidade. Ela, praticamente sozinha, controlava a emissão dos carnês e também a entrega para os contribuintes.

Tanto empenho e dedicação lhe valeram uma homenagem significativa: foi escolhida como patrona do Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba).

Ainda na prefeitura, era responsável pela serviços prestados pela única ambulância disponível no Setor de Saúde, que permanecia nos fundos do Paço Municipal. Cida conta que as viagens tinham fluxo menor, mesmo assim o trabalho era árduo: o agendamento e controle do transporte dos pacientes eram todos feitos por ela.

Cida, que começou a trabalhar cedo, aos 14 anos, como atendente de balcão e caixa da Casa Leone, sempre fez questão de manter ações de responsabilidade social.

Exerceu grande papel de voluntariado, em ações de longo alcance filantrópico. É o caso da Rede de Combate ao Câncer e as campanhas do quilo para concessão de cestas básicas às famílias carentes de Bariri.

Uma curiosidade: Cida Freire foi durante muito tempo comissária de menor – uma espécie de conselheira tutelar da época. Era respeitada e temida, não só por ser exigente, mas também pela atenção e aconselhamento que dispensava às crianças, adolescentes e familiares.