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Inspeção no aeródromo de Bariri foi feita em 5 de novembro deste ano: local pode funcionar novamente se medidas corretivas forem tomadas.

 

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por meio da Gerência de Controle e Fiscalização, publicou no Diário Oficial da União no dia 10 de dezembro portaria que torna pública a aplicação de medida administrativa cautelar ao aeródromo público Bariri, denominado Apparecido Osório da Silva. O convênio nº 29/2012 foi firmado em 14 de novembro de 2012.

A agência aponta que o atual governo contribuiu para o abandono do local. “Ressalta-se que não houve resposta por parte do operador do aeródromo para as não-conformidades apontadas no Relatório da Inspeção Aeroportuária (SEI 7401405), realizada em 26 de julho de 2022, e que as condições de manutenção do aeródromo desde aquela ocasião pioraram fortemente, beirando ao abandono”, cita o relatório.

Pela decisão, fica proibida a operação de pouso no local. Mas pode ser revertida. “A medida ora aplicada tem caráter provisório, sem prazo determinado, e será mantida até que o Operador de Aeródromo solicite a sua revogação e demonstre o cumprimento das condições definidas no parecer que fundamentou esta decisão”, consta no documento.

Ao Candeia, a assessoria de comunicação da agência explicou que a proibição de pouso no aeródromo ocorreu devido à verificação, em fiscalização, de não conformidades de segurança operacional e na pista de pousos e decolagens, comprometendo a integridade das operações no terminal.

No dia 5 de novembro deste ano foram observadas seis irregularidades no local, após inspeção. Entre elas, estão a falta de funcionários no aeródromo para trabalho de vigilância, portão de acesso ao pátio de aeronaves quebrado, falta de barreira de segurança e condições precárias da pista.

 

Visão de futuro

 

O Candeia conversou com o empresário Roberto Coletta, que foi membro do Conselho Municipal do Aeródromo Municipal.

De acordo com ele, a existência do aeródromo em Bariri não pode ser considerada somente para uso de algumas pessoas e de empresas agrícolas que geram recursos para o município e, além disso, procuraram manter a pista em condições de operação.

Roberto diz que é preciso uma visão mais ampla da utilização do local, assim como ocorre com o aeroporto de Pederneiras.

Vale destacar que os recursos para a cidade vizinha vieram do Ministério do Turismo, uma fonte que também deveria ser prospectada por Bariri.

Para o empresário, para isso é preciso ter um Executivo com visão de futuro e contar com o apoio do Legislativo.

“Como trazer turismo para Bariri se as oportunidades para sua concretização, pelo menos iniciais, são ignoradas?”, questiona.

“Apenas a título de observação, boa parte do problema poderia ter sido evitada de forma preventiva com uma pá carregadeira, um caminhão basculante e uma motoniveladora”, relata Roberto.

“São esses mesmos equipamentos que agora são necessários para solucionar a maioria dos problemas mencionados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Lembrando que o desembolso de caixa seria apenas com os operadores dos equipamentos e combustível”, finaliza.