
Diretor técnico da Santa Casa de Jaú e pediatra, Luis Gonzaga Gerlin: reação ao veneno do escorpião varia de um paciente para outro – Foto: Luiz Carlos de Oliveira
Em razão das recentes ocorrências de crianças picadas por escorpião na região, algumas evoluindo para óbito, a Santa Casa de Jaú vem a público trazer algumas informações importantes sobre como são feitos os atendimentos desses casos e responder algumas dúvidas da população.
De acordo com o diretor técnico do hospital e pediatra, Luis Gonzaga Gerlin, os sintomas subsequentes a picada vão determinar a gravidade do caso.
Uma questão feita pela maioria das pessoas é o porquê de uma criança que recebeu o antídoto vir a óbito enquanto outra que não recebeu a dose ter melhora e alta.
O pediatra entende que a reação ao veneno do escorpião varia de um paciente para outro e que a explicação para as diferentes respostas ao tratamento pode ser a quantidade de veneno injetada aracnídeo.
“Existe a suscetibilidade, em algumas crianças o efeito cardiológico é menor, em outras o coração não aguenta, não há uma explicação clara para isso”, diz.
O critério para o uso do soro antiescorpiônico é a classificação do quadro, de acordo com Gonzaga.
Ele destaca que quando uma criança chega para atendimento é analisado o grau de sudorese, taquicardia, vômito e variação de temperatura. Se os sintomas forem intensos o sinal é de gravidade.
O pediatra desconhece casos de adultos que morreram em decorrência de picada de escorpião, no entanto, acredita que pode haver complicação no caso de idosos, gestantes e pessoas com saúde debilitada e baixa imunidade.
Normalmente, segundo o médico, adultos e crianças com quadro leve recebem analgésicos para dor e medicamentos antivômito. Porém, caso comprovada a picada do escorpião, é aconselhável procurar um pronto-socorro.
Quando o paciente é alérgico ao soro, Gonzaga diz que o antídoto deve ser administrado de qualquer forma e que depois é feita uma medicação para tratar a reação anafilática. Mesmo assim, segundo ele, o percentual de alérgicos é muito pequeno.
“A Santa Casa está preparada, o principal recurso é o soro. Se a evolução não for boa é necessário um suporte intensivo, a criança tem que ser levada para a UTI e ser monitorada”, conclui.
A Santa Casa de Jaú possui soro contra o veneno de escorpião e outros aracnídeos para atender a demanda emergencial, com reposição rápida, caso necessário.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Jaú