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ENTREVISTA DA SEMANA: Focinho Carente cobra cumprimento de lei municipal

15 jul, 2022

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“Muitos casos graves de maus-tratos que já ocorreram ainda estão sem punição”

Letícia Fanton Cantazini

Presidente da associação Focinho Carente desde 2015, a fisioterapeuta Letícia Fanton Cantazini cobra do poder público o efetivo cumprimento da lei municipal nº 4.860, de 2018, que estabelece sanções e penalidades administrativas para quem praticar maus-tratos contra os animais. Na entrevista ao Candeia, Letícia, que presidirá a Focinho Carente até 2024, comenta a respeito da situação do abrigo e da importância da microchipagem e da castração dos animais.

Candeia – Qual sua avaliação sobre a lei de maus-tratos a animais em Bariri? Como aumentar a eficácia da legislação?
Letícia – É necessário colocar de vez a lei para funcionar e aplicar as notificações e muitas aos infratores. Muitos casos graves de maus-tratos que já ocorreram ainda estão sem punição. Além disso, os gastos com os animais vítimas de maus-tratos ficam todos na conta do Focinho Carente. Deve haver uma comissão composta por uma pessoa da prefeitura para averiguar as denúncias. Atualmente não há quem faça e infelizmente não está havendo punição.

Candeia – Em setembro do ano passado, o Ministério Público instaurou inquérito civil com o objetivo de verificar a regularidade da política pública municipal voltada à proteção de animais domésticos. Houve alguma mudança na questão animal no município a partir da abertura desse procedimento?
Letícia – Esse inquérito foi aberto após os promotores visitarem o abrigo e constatarem a real situação do local, que está superlotado e necessitando de ampliação. Foi solicitado para que a prefeitura construísse mais baias, que ainda não foram feitas e para que a lei municipal de maus-tratos fosse colocada em prática. Também houve cobrança em relação às castrações, que estão acontecendo e vários animais já foram castrados. O projeto de castração é extremamente importante e não pode parar.

Candeia – Quantos animais existem atualmente no abrigo em Bariri? Como a entidade mantém o local em funcionamento?
Letícia – O número de animais alocados no abrigo cresce a cada semana, aproximadamente 250 animais. As despesas para manter o local são muito altas, só com ração estão sendo gastos em média R$ 10 mil por mês. Estamos sempre pedindo doações para população, fazendo rifas e eventos.

Candeia – Que ações estão sendo previstas este ano para auxiliar na arrecadação de recursos para manutenção do abrigo?
Letícia – Estamos planejando realizar uma tômbola para arrecadar um pouco de recursos, quem puder doar algum prêmio pode entrar em contato conosco. Além disso, sempre estamos fazendo rifas e vamos voltar a realizar o pedágio.

Candeia – A entidade Focinho Carente conta com quantos funcionários e voluntários para o trabalho no dia a dia. O número é suficiente? Quais as maiores dificuldades?
Letícia – Temos quatro funcionários que fazem a limpeza e manutenção diária do local. O número de voluntários é muito baixo, todos os dias é necessário irmos ao abrigo para medicar os animais que estão em tratamento e aos domingos nos revezamos para ir fazer a limpeza. Como o número de pessoas dispostas a ajudar é muito pequeno, acaba sobrecarregando, pois “temos” que dar conta de tudo, dos resgates, dos cuidados com os animais do abrigo etc. Quem quiser se tornar um voluntário, entre em contato com a gente, precisamos muito.

Candeia – Como anda o processo de adoção de animais em Bariri?
Letícia – Para adotar um animalzinho do abrigo é necessário fazer uma entrevista. Basta entrar em contato pela página do Facebook ou pelo WhatsApp 99843-9955. Após feita a entrevista, caso seja aprovada, marcamos um horário para a pessoa ir até o abrigo adotar.

Candeia – De que forma a identificação e a castração de animais pode contribuir com a causa animal no município?
Letícia – A identificação dos animais através da microchipagem seria uma maneira de combater os maus-tratos e o abandono, pois se o animal possui chip e for encontrado abandonado, através da leitora é possível identificar quem são os tutores. A castração é a única solução para reduzir a superpopulação de animais. Não há lares para todos, muita gente deixa o animal pegar cria e depois não sabe o que fazer com os filhotes e acaba abandonando. Somente com a castração conseguiremos combater essa situação. É necessário frequência nos programas de castração, não pode parar nunca.

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