
Nesta segunda-feira, 2, Marques segue internado na UTI da Santa Casa de Jaú – Divulgação
O provedor da Santa Casa de Jaú, Alcides Bernardi Júnior, discordou da informação passada por familiares do advogado Luiz Henrique Marques, 51 anos, de que ele teria sofrido morte cerebral na última sexta-feira, 28.
Bernardi Jr informou ao site Hora H que Marques “continua internado na UTI, em estado grave, mas vivo”.
Como se trata de caso muito grave, equipes profissionais da Santa Casa teriam discutido com familiares a possibilidade de, “em ocorrendo morte cerebral”, haver a doação dos órgãos para transplante.
“Isso porque cada órgão tem um prazo muito curto para captação e transplante, seguindo os protocolos médicos”, informou o provedor ao portal. “Ele está vivo”, insistiu o Bernardi.
Em nota enviada à redação do Jornal Candeia nesta segunda-feira, 2, a assessoria de imprensa da Santa Casa de Jaú afirma que “até o momento, não há diagnóstico de morte cerebral. O paciente continua internado em estado grave na UTI da Santa Casa.”
O caso
A Polícia Civil de Bariri instaurou inquérito para apurar as lesões sofridas pelo advogado Luis Henrique Marques, 51 anos, na noite de domingo, dia 23. Ele se desentendeu com seguranças no interior do Umuarama Clube.
De acordo com o delegado Durval Izar Neto, o intuito da investigação é apurar as causas que levaram Marques a sofrer ferimentos de natureza grave.
No momento, a Polícia Civil realiza diligências para dispor de imagens de câmeras que possam contribuir com a apuração. Também há tentativa de localizar testemunhas presenciais.
Marques sofreu lesões graves, especialmente na cabeça. Na tarde de segunda-feira, dia 24, o médico Carlos Rodolfo Miras Filho compareceu à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Jaú para registrar boletim de ocorrência.
Contou que recebeu ligação da ex-esposa de Marques (Elisangela Scudilio), pedindo que fosse verificar a situação da vítima, pelo fato de serem amigos.
O médico relatou que esteve no hospital e constatou lesões nos olhos, testa e nuca de Marques, não acreditando se tratar de uma queda. O paciente foi induzido ao coma na UTI e apresentava sangramento interno no cérebro.
A mulher disse a Miras Filho que o advogado foi ao clube e os seguranças do Umuarama o tiraram do local.
O delegado Rodrigo Berbert Pereira, que registrou o boletim de ocorrência na CPJ de Jaú, citou que há testemunhas apenas de um lado dos fatos (versão dada pelos seguranças).
Segundo ele, a natureza das lesões demonstrará se há coincidência com a alegação apresentada pelos seguranças (de uma queda e uma batida involuntária na cabeça).
O delegado mencionou também no documento que Marques, antes de ser internado, mesmo que confuso, estava consciente e tinha possibilidade de acionar a polícia, mas não o fez.
Versão do segurança
O segurança Eduardo de Araujo Alves, 34 anos, compareceu à CPJ de Jaú também na segunda-feira, dia 24.
Disse que trabalhava como controlador de acesso ao clube e que a ex-esposa de Marques trabalhava no bar do clube.
Elisângela teria relatado aos seguranças que o advogado estava ameaçando-a de morte. Posteriormente Marques foi ao clube e pediu duas cervejas. Também teria ameaçado os seguranças, dizendo que se colocassem as mãos nele iriam morrer.
Nesse momento, os seguranças colocaram Marques para fora do clube. De acordo com Alves, o homem estaria agressivo, embriagado e se negava a sair.
Houve necessidade do uso de força para tirá-lo do Umuarama. Ao abrirem o portão, o advogado teria tirado uma chave do bolso e teria investido contra os seguranças com chutes e ameaçando-os de morte. Nesse momento, teria sido contido e acabou batendo a nuca no chão.
Após a queda, como o homem estava desacordado, os seguranças chamaram a ambulância para levá-lo ao pronto-socorro de Bariri. Eles o acompanharam e voltaram ao clube, avisando Elisângela que Marques estava no hospital.
Com informações de: Hora H No