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Por roubo praticado em Bariri em outubro de 2015, Rodrigo Pereira Alves foi condenado a mais de sete anos de reclusão – Divulgação

A Polícia Civil de Bariri relatou anteontem, dia 3, o inquérito sobre a morte da estudante Mariana Forti Bazza, 19 anos, crime ocorrido na semana passada.
Por se tratar de réu preso e detido em flagrante, o prazo é de até 10 dias. O caso corre em segredo de Justiça.
Conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara, a jovem foi morta por estrangulamento (asfixia mecânica).
A polícia aguarda a conclusão e a chegada de mais laudos, que estão em São Paulo, para verificar se houve outros tipos de violência (inclusive sexual) contra Mariana. Também apura o local e o horário em que ela foi morta.
O inquérito aponta para latrocínio (roubo seguido de morte). Para esse crime, a pena varia de 20 a 30 anos de reclusão.
Mariana desapareceu na manhã de 24 de setembro após sair de academia que frequentava na Avenida José Jorge Resegue (Avenida do Lago).
Câmeras de segurança e uma foto tirada por ela de um homem que ofereceu ajuda para trocar um pneu furado levaram a polícia até Rodrigo Pereira Alves, o Rodriguinho, 37 anos.
O veículo foi dirigido pela jovem a uma chácara em frente da academia, onde Alves fazia bico como pintor.
Após fugir da polícia, ele foi preso na noite de terça-feira, dia 24, em Itápolis. O carro da estudante, um VW de cor preta, estava naquela cidade.
Alves nega que tenha praticado o crime, mas indicou o local onde o corpo de Mariana estava (distrito de Cambaratiba, que pertence ao município de Ibitinga).
Depois do exame necroscópico, o corpo de Mariana foi velado no Velório Municipal, com sepultamento realizado no início da tarde de 26 de setembro. No sábado, dia 28, familiares e amigos da estudante fizeram manifestação pedindo Justiça (leia box).

Condenações

A primeira condenação de Alves por crime sexual aconteceu em 2001. Armado com uma faca, ele atacou uma estudante de 18 anos, que foi violentada, na zona leste de São Paulo.
Por esse crime, passou 13 anos na cadeia. Depois, quando ganhou a liberdade, voltou a roubar.
Em janeiro de 2015, em Itápolis, uma mulher fez acusações graves. Disse que Alves invadiu a casa dela e mandou que ela ficasse nua.
Segundo a vítima, o homem ficava se encostando nela. Depois, pegou um computador da casa e fugiu. Nesse caso, ele foi absolvido por falta de provas.
No dia 5 de outubro de 2015, por volta das 12h30, na Avenida São Paulo, Vila Conceição, em Bariri, Alves praticou roubo.
Mediante grave ameaça exercida com emprego de arma e tolhendo a liberdade da vítima, ele foi acusado de ter subtraído diversos bens da vítima.
Mediante grave ameaça, acabou obrigando a mulher a ficar nua para a sua contemplação.
O réu respondeu preso a esse crime. Para entrar na casa da vítima, disse que era instalador de cerca elétrica. Relatou que iria medir o terreno do fundo, pois iria instalar o equipamento na casa de um vizinho.
Alves foi condenado nesse caso a sete anos e oito meses de reclusão. Há cerca de um mês, ele ganhou a liberdade condicional e conseguiu o bico de pintor na chácara, em frente à academia.

Familiares e amigos de Mariana fazem manifestação

Familiares e amigos de Mariana Forti Bazza, 19 anos, realizaram manifestação no centro de Bariri na tarde do sábado, dia 28.
A concentração foi feita em frente da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, por volta das 15h, e reuniu aproximadamente 100 pessoas.
Vestidas de preto, em clima de muita emoção, as pessoas caminharam pelas ruas centrais da cidade segurando cartazes e pedindo Justiça.
Estiveram na manifestação os pais de Mariana, Ailton e Marlene, e o namorado, Jefferson Vianna.
Duas viaturas da Polícia Militar (PM) acompanharam a caminhada.
Em seguida, o grupo se reuniu em frente da Igreja Matriz. Houve abraço coletivo em torno dos pais e namorado de Mariana e foram feitas orações.
Algumas pessoas fizeram uso da palavra, pedindo maior rigor na lei para que haja redução da criminalidade no País.

Pais, namorado, familiares e amigos de Mariana saíram em caminhada pedindo Justiça